Companheiro Paulo Portas, todas as lideranças têm um fim.

ALDEIA de MATO e SOUTO com a sua "UNIÃO" tem o caminho aberto para serem a MAIOR e MAIS PROMISSORA FREGUESIA do CONCELHO de ABRANTES. Basta saber livrar-se uns "certos jumentos" da canga autárquica...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Foram as elites ao longo dos anos que deixaram "Obra Feita" no Souto, como em qualquer parte

Marx era avesso às elites. Para os marxistas só interessa a defesa de que tudo vem do povo. E certo livro que pomposamente se intulou a "História do Souto, e de um Povo" encaixa perfeitamente nessa ideologia.
A CIDAS
Numa escassa página dedicada à criação de uma cooperativa de rega em 1975, tudo se resumiu à ideia do povo em ir buscar água à albufeira do Castelo de Bode, a que não faltou a menção a uns militares do MFA. Foi isso apenas, o que os leitores desse livro tiveram acesso. Essa era uma mentira. E por aqui se poderá avaliar outras mentiras, como os artífices da construção civil e até das próprias tecedeiras do Souto, duas forças do maior interesse local, como belos exemplos de empreendedorismo. O livro ocultou tudo isso, dedicando a cada tema meia página de notas inócuas.
Voltando à CIDAS.
Essa foi mais uma descrição falsa, que visou alimentar uma atoarda muito conveniente há época. Com efeito, para uma nova classe política emergente " os jovens candidatos a bacharéis", desprovidos da necessária experiência que a tenra idade ainda não lhes podia outorgar, e para outros cidadãos de má consciência com o passado omisso quanto a iniciativas e obras em prole da colectividade local, convinha que tudo fosse obra do povo anónimo. De obras que se fizeram com colectas e dádivas do povo, quiçá, com ofertas e lucros das festas e assim arrumavam a questão, para mais facilmente se arvorarem na vanguarda revolucionária, à boa maneira marxista-leninista.
Paradoxalmente, a ideia de uma primeira reunião saíu de uns papéis de convocatória levada a cabo pelo Sr. José Martinho Victória, que era à altura o único grande proprietário da terra: o agrário. O que não deixa de ser irónico, já que estávamos em 1975 e no período da tão falada reforma agrária, com os grandes proprietários a verem as suas herdades no sul do concelho, na Lezíria e no Alentejo a serem "ocupadas" por rufias...
Estávamos em Agosto de 1975 e a reunião anunciada, realizar-se-ia no último fim de semana de Agosto, que salvo erro, nesse sábado, era já o primeiro dia de Setembro. Eu compareci e posso afiançar que o Sr. Traquina não esteve nessa reunião, nem se fez sócio nas reuniões seguintes, onde também nunca compareceu. A explicação até é compreensível: o avô do Sr. Traquina tinha feito uma captação de uma horta sua a 500 metros da casa, portanto era das poucas pessoas com água à porta.
Devo acrescentar que o meu pai era outro dos poucos residentes com água em abundância em casa, vinda de um poço no vale, a 200 metros. Mas eu e o meu pai, não deixámos de comparecer a essa primeira reunião. O meu pai já há muito que também preconizava irmos ( um conjunto de proprietários) buscar água ao Castelo de Bode, pois tinha amigos na Serra de Tomar que falavam muito das suas captações em grupo, na albufeira.
Compareci a essa reunião. Propus que ficasse desde logo eleita uma "comissão Instaladora". Dos cinco nomes mais votados, eu era o segundo. Manuel Pisco, João Pico, José Martinho Victória, Adelino Branco e Comissário Manuel Pimenta foi essa a ordem. No dia seguinte, atravessámos o rio na Foz do Souto ( Lagedo/Loureiro) e estávamos todos em Vila Nova, na Serra de Tomar a saber como é que haviam feito a captação.
À segunda reunião, já eu levava um estudo de viabilidade alinhavado com a firma "Gustavo Cuddell" a fornecedora das captações no lado de Tomar. Tinha havido até duas reuniões, a primeira num contacto, junto da loja na Avª do Brasil em Lisboa, e a segunda já com Manuel Pisco, Adelino Branco e José Maria dos Santos, este último um empreiteiro do Souto, muito entendido em canalizações.
Nessa segunda reunião, por altura do dia de Todos os Santos, apareceram lá uns quatro fardados de militares ( sem divisas ou galões, mas que se diziam oficiais do Exército...)que se intitularam da Comissão Regional do IRA ( Instituto da Reforma Agrária), por conversa havida ou a convite do Sr. José Martinho Victória. Com argumentos falaciosos só lhes interessava retirar dividendos políticos. Mas logo despacharam a obra, porque só se a mesma fosse agrangente à totalidade das propriedades em toda a freguesia ( Fontes e Carvalhal). Era um absurdo e uma falácia!
Os protestos e o desânimo logo eclodiu e quando a um dado passo repentinamente, já todos se levantavam em direcção à porta, deixando os militares a falarem sozinhos, fui eu que estava na mesa da reunião quem correu para a porta de braços abertos e pedi que me escutassem.
TODOS OBEDECERAM!
Eu era um líder nato. As pessoas sabiam que de mim só vinha coisas concretas. E com respeito todos aguardaram o que lhes tinha para contar. Educadamente, convidei os militares a saírem , e ironizei maliciosamente, que a partir daquele momento, seria o povo quem iria livremente decidir. Todos sorriram. Os militatres com o sorriso amarelo que seria de esperar...
Disse que a obra era viável, e que fora isso mesmo que pudémos observar em Vila Nova, logo no dia seguinte à primeira reunião. Falei num orçamento de cerca de 2 mil contos alinhavado com a firma Gustavo Cudell, entre canos, electro-bombas e depósitos. Quanto aos contadores individuais ( 3 contos cada um) , talvez fosse preferível cada um comprar o seu e não haver aluguer. Uma questão tão actual hoje em dia, e a levantar muita discussão nos preços de água dos SMAS.
E para não deixar morrer ali o assunto, com inócuas discussões de ideologias e de "MFA", puxei desde logo de um maço com 200 fichas individuais tamanho A8 e pedi que cada um que quisesse que a obra fosse para a frente, que só tinha que propôr uma verba "máxima" como quota, até onde julgava poder pagar para custear as obras dos tais 2 000 contos, colocar o nome e a morada, e assinar. Para 200 sócios ( individuais ou já com os filhos e família) caberia uma média de cerca de 10 contos a cada um.
Houve duas quotas de 50 contas, cinco de 30 contos e mais de uma dúzia a 25 e 20 contos. No restante as verbas iam dos 15 aos 5 contos. A maioria era de dez contos. O valor apurado foi de 1.600 contos. Havia verba para começar. Todos aplaudiram. havia que fazer e discutir os estatutos, (as regras da sociedade) e prepara os projectos dos depósitos e conseguir obter da parte da Sociedade Recreativa a autorização para nos terrenos da mesma se erguer o depósito aéreo que lá está e o depósito subterrâneo, que até poderia servir para uma piscina anexa para o clube. A ideia da piscina acabou por não prosseguir. Era esticar a corda demasiado, para a mentalidade da época...
Fui eu quem elaborou e explicou os estautos artigo por artigo no dia 27 de Dezembro de manhã até à noite diante dos sócios, no salão da Sociedade Recreativa. Entretanto, já havia "negociado" com os sócios da Sociedade Recreativa a cedência dos terrenos, mediante as contrapartidas de um contador de água com consumos gratuitos. Só daí a 10 anos é que chegaria a água ao domícilio dos SMA.
Projectos das obras ( os rascunhos e os mapas dos hecatres da rega entregues nos Serviços Hidráulicos, os estatutos, os impressos, os títulos das quotas, tudo isso passou pela minha orientação directa. Eu era o Secretário Geral.
Beneméritos do Souto?!
Depois falamos!

BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT

INICIADO em 27.10.2007

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...

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Equipa de futebol do Souto, c/ João Pico a capitão da equipa ( 2º em cima à esqª.)

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...

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Paulo Portas e João Pico vendo o Parque Ribeirinho...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...

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Alta tensão sobre Urbanização Municipal nas Arreciadas

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes

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Nuno Pico acompanhado à guitarra por Alfredo Gomes e na viola José Mário Moura

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO  - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!
E desafiei o então presidente, Engº José Bioucas a ir à albufeira do Castelo de Bode connosco buscar água para a freguesia e para ABRANTES. Só que o Engº riu-se... E só em 2001 é que lá foram à albufeira... Tive razão antes do tempo...

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes

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Retábulo da Matriz do Souto onde João Pico foi baptizado

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