Saber negociar, implica não esticar a corda em demasia. Porque como dizia um nosso diplomata, "em Portugal é tudo tão difícil, que tudo se perde...".
Agora com António Rodrigues, o presidente da Câmara de Torres Novas na presidência da Comunidade do Médio Tejo ( secundado por Tomar e Constância), e com a perda de peso político de Abrantes (Lacão já é ministro... da República e dos Assuntos Parlamentares, e caso haja eleições antecipadas, quererá manter-se como o cabeça de lista de todo o Ribatejo...), essa minha avisada prudência teve todo o cabimento. Pese haver sempre alguém por aí, a querer negar essa evidência. Pura mesquinhez.
É engraçado como aqueles que tanto enalteceram Avelar Machado por no Parlamento ter lido uma carta de um abrantino a queixar-se dos primitivos Caminhos de Ferro, nunca tenham reconhecido com humildade e justiça, que o único abrantino que muito esperou pelo final das reuniões da Assembleia Municipal, onde tomava assento o espaço de tempo destinado às intervenções o público, mesmo achando-se muitas vezes sozinho, nunca deixou de cumprir o seu dever de cidadania, contrariando a sobranceria do poder local, em não cuidar das coisas que tanto incomodavam os munícipes.
Haja a verticalidade de um dia destes reconhecerem, que eu nunca falei dos meus problemas pessoais: o muro que não me deixaram construir, o barracão e a valeta desviada para cima da testada do vizinho, a rua que quisesse feita para servir o meu quintal, etc, etc, etc...
Nada disso! E podia-o ter feito. Outros o fizeram. Foram lá falar das suas coisinhas pessoais. Como sabem, isso não consta do meu ADN, nem está nos meus horizontes, desapossado que sou dessas cegueiras patrimoniais obcessivas.
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Se o Museu ficasse pelo caminho, Carrilho da Graça seria bem indemnizado. E nada impedia que um dia destes "cedesse" esse mesmo projecto, como "donativo" em proveito de Torres Novas, quiçá com alguma ou algumas das ditas colecções por arrastamento, sempre possível, nestas dinâmicas incontroladas na vida dos povos.
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Os 2.600 "peticionários" para Albano ir para a Câmara - quanto mais não fosse para fazer maioria com o "seu" PS de sempre - acabaram nos 3.800 eleitores do ICA, agora "recompensados" pela "suspenção de mandato" do arquitecto Albano, a favor, - imaginem bem - do ex-vereador do Gavião e actual Notário Privado de Alcanena, que ainda está para lá de Torres Novas, que é cidadão abrantino: reside, dorme e paga impostos em Abrantes. E que se abstém com relativa indiferença, diante da nomeação de Pina da Costa para a presidência dos SMA. Quando o Dr. Carlos Arês tanto escreveu na sua coluna do "Primeira Linha" e comigo aperfeiçoou ( nas reuniões quinzenais das Comissões Políticas Concelhias do PSD a que ambos pertencemos...) os ataques a fazer contra os preços exarcebados - nas águas, no saneamento e nas limpezas de fossas - no tempo dessa dupla de vereadores que agora se voltam a reencontrar, não como autarcas, mas como "parceiros e amigos do poder local do PS", como é o caso, bem sintomático nestes tempos estranhos do poder socialista. Estou a referir-me ao Dr. Pina da Costa e ao "administrador da Abrantáqua", Engº Júlio Bento, que sem irem a votos do povo, já acabaram parceiros nos SMA.
E nem cheguei ao ponto de admitir ter havido telefonema, do VARA...
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E quando o voto contra dos dois vereadores do PSD, deixam passar em claro, todas estas GRAVES questões, que redundaram em grosseiras omissões, - apenas falaram da "tradição" de ser um vereador nos SMA, como se pudesse exigir à Drª Celeste Simão que fizesse assistência social, baixando o preço da água?! - onde pelo menos A. Belém Coelho tinha a obrigação de saber avaliar a causa, e fazer com que o parceiro na vereação soubesse usar os seus conhecimentos de jurista, fora do seu escritório. Porque o eleitorado - 5.200 eleitores de todo o concelho - votaram num advogado...
Pese o que se diz por aí, - vox populi, vox Dei - que qualquer um com o emblema do PSD recebia sempre muitos votos, sem esquecer que nestas eleições, se verificou a mais baixa votação de sempre no PSD local. Coisas de quem viu Abrantes como uma quinta sua... De resto, o uso e abuso do termo de comparação com o "tractor e o tractorista", mais denunciou o quinteiro que veio da Ponte Sôr para Abrantes. A agricultura começa agora a ser uma obcessão para os laranjas. Ponte de Sôr, Gavião, o Cabrito ou Lamarosa, sempre foram boas terras agrícolas...
E houve quem já metesse pés ao caminho: "Vera incessu patuit dea" (leia-se: "pelo andar revela-se uma verdadeira deusa"...).
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Em conclusão: o receio do Museu acabar em Torres Novas tem nesta roleta eleitoral de Abrantes um bom indicador. Não queríamos um vereador vindo de Tomar. Queríamos 20 abrantinos lá na Câmara, não era?!
E agora os deuses deram-nos como bónus um ex-vereador do Gavião e notário de Alcanena, um ex-vereador da Ponte de Sôr e dois "históricos" herdeiros do beirão Nelson de Carvalho, juntos na parceria dos SMA/Abrantáqua: o beirão Pina da Costa e o ex-director da Apolinário Marçal. Como "bom ambiente", melhor era impossível!
