No post 2 513 acrescentámos nova adenda, pela insistência do PSD nessa inutilidade...
Outra inutilidade advém do absurdo desta proposta já inclusa no dito programa eleitoral do PSD, a quem só ouvimos o candidato gabá-lo, em simultâneo com a alegoria ao tractor e à quinta que queria ter em Abrantes...
Outra inutilidade advém do absurdo desta proposta já inclusa no dito programa eleitoral do PSD, a quem só ouvimos o candidato gabá-lo, em simultâneo com a alegoria ao tractor e à quinta que queria ter em Abrantes...
Na última sessão da Câmara voltou ao mesmo. Vejamos a reincidência desse absurdo, que se transcreve, para a seguir ser comentado:
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- « Entendem os Vereadores do PSD, de acordo com o já expresso no respectivo programa eleitoral, que a personalidade para este cargo da maior importância cívica deveria ser indicada pelas forças da oposição, ou, no limite, resultar de consenso alargado entre todas as forças políticas, a bem da dignificação do cargo e da isenção e independência do respectivo desempenho.»
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Não se vê como é que em democracia, e para mais vindo a absurda proposta da parte de um jurista, se conseguia fazer na prática essa votação, necessariamente em voto secreto, por força de imperativos constitucionais, quando as forças da oposição estão em minoria na Assembleia Municipal e na Câmara.
Advogariam os vereadores do PSD, que saíssem da sala os eleitos da maioria PS, no momento da votação?!
Na Assembleia Municipal, mesmo proibindo os 15 presidentes de junta do PS de votarem, será que a oposição conseguiria levar a sua avante?
E na Câmara, será que deveria ficar apenas na sala a presidente?
A certeza do alinhamento do voto do (eterno) vereador substituto do arquitecto Albano, já é um dado adquirido por parte do PSD?
Já nem quero falar de consenso, conhecendo o que conheço deste longo percurso do poder local abrantino, principalmente, para criar consensos à volta de um nome. Eu fui como vereador substituto, testemunha directa naquela votação, em 2003, onde os quatro eleitos do PS mais a vereadora da CDU se uniram para impedir a atribuição da Medalha da Cidade ao saudoso Eduardo Campos, conforme proposta dos dois vereadores do PSD, na altura ( eu e João Salvador).
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Perante estas incongruências, está bom de ver que a tese do PSD é um perfeito disparate.
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Sejamos honestos. Nenhum presidente de Câmara aceitaria ver um Provedor plenipotenciário, a "intrometer-se" na vida administrativa da autarquia, correndo o risco de poder estar a competir durante todo o mandato com alguém que nas eleições seguintes seria quase pela certa o candidato federador de toda a oposição. Esse acontecimento era de todo inevitável.
Era como chamar a raposa para guardar o galinheiro...
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Acresce, que entre poder resolver os problemas de umas dezenas de munícipes - foram vinte e tal casos relatados pela última provedora nos primeiros seis meses e nem todos diziam respeito à autarquia, às vezes eram meros casos de polícia ou de resolução obrigatória no Tribunal de Família, sem que antes tivesse havido a preocupação dos munícipes em falarem com uma assistente social - e poder encetar uma luta cívica e política para moralização dos desempenhos administrativos, aspecto que ninguém parece preocupar-se, nomeadamente questionar os prazos dos despachos e as formas arbitrárias com que os processos são geridos e despachados de forma desigual e pouco transparente, a opção possível e desejável, não suscita quaisquer dúvidas.
Tanto mais, que a necessidade de um provedor em apresentar trabalho feito, também o torna refém da inevitável contemporização para com os agentes administrativos. E lá teríamos a complacênci, o encobrimento e toda a saga de cumplicidades tão atreitas no meio administrativo.
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Será que os 5 200 eleitores do PSD votaram mesmo nesta proposta eleitoral?
Claro que toda esta patética proposta só é possível, porque esses 5 200 eleitores do PSD não sonham, nem imaginaram, de perto ou de longe, com este monumental disparate que anda a ser apresentado e que lhes escapa, porque a comunicação social, mais uma vez deixa as questões sem discussão séria.
A comunicação lê as propostas dos partidos, mas nunca aprofunda a discussão. Por isso, o candidato do PSD nunca foi "apertado". Nem o PS o desejava, pois correria o risco do PSD não segurar o seu eleitorado e lá engrossavam outras forças mais acutilantes.
A preocupação de me afastarem nos idos de 2002 e 2003, surgiu por essa estranha conjugação de forças, dentro e fora do PSD, que nunca permitem que o PSD vá longe demais. Por isso o PSD tem sido dominado e manietado. O que por vezes também tem acontecido com o CDS.
Estes desempenhos sem nexo, que estão a suceder com o PSD e o facto de o cabeça de lista à Assembleia Municipal não ter levado mais ninguém atrás da sua renúncia ao cargo, mostra como há naquilo que ainda representa o movimento de "independentes" - que o dito cabeça de lista afirma já não existir como movimento - uma tese cesarista-bonapartista de tomada do poder, usando o vereador do ICA ainda militante do PSD, como uma espécie de "cavalo de Tróia", não do PSD sobre os "Independentes" mas destes sobre um PSD apagado, dividido e pleno de contradições.
Aquela falsa sintonia entre o ainda substituto do arquitecto Albano - que pode dar lugar à rotatividade no desempenho de vereador a outros na lista, o mesmo sucedendo na Assembleia Municipal - é demasiado explosiva para durar até 2013.
No PSD subsistem demasiados "esqueletos no armário" para que estes eleitos possam voltar a serem os candidatos em 2013.
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O PSD ao "embarcar" neste ataque ao Provedor, arrisca-se a que o PS lhe arme a ratoeira mais óbvia, que passaria por dar azo a um certo "show" do Provedor, para deixar o PSD mal colocado perante a opinião do eleitorado.
E se por acaso, houver necessidade de refrescar a equipa do PS em 2013, pode surgir o Provedor como peça chave. Com o voto de abstenção e de ataque ao Provedor levado a cabo pelo PSD, dificilmente o PSD chegará a parte alguma. Porque o "timing" em usar o Provedor, cabe por inteiro ao PS. O PSD só tinha que negar a utilidade desse cargo, pois o mesmo só serve para demagogia política a favor do PS, ao fazer parecer que há transparência administrativa e vontade em ajudar os munícipes, onde não é certo passar a haver.
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No limite, entre tanta contradição, bastaria ao PS não cometer erros de maior, para assegurar nova vitória em 2013.
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