Alegaram os vereadores que se sentiram usados pela presidente por esta ter levado por mão com carácter de urgência - sem agendar previamente - a aquisição do terreno à firma Mendes& Gonçalves, e que tudo teria ocorrido na Sessão de 8 de Fevereiro.
Porém, a aprovação ocorreu não na sessão do dia 8, mas sim, na Sessão do dia 15 de Fevereiro. Logo, o PSD está confundido nas datas ou está a querer confundir a opinião pública, para se desculpar da ingenuidade em que caiu?!
Concretamente, subsistem suspeitas de que a "nuance" do PSD passaria por querer escamotear o logro em que incorreram ao acreditarem nas alegadas pressas da presidente em despachar aquele processo da aquisição do terreno.
Todavia, a votação favorável do PSD que assim consubstanciou a terrível unanimidade em que costumam ser pródigos, mancha-lhes a imagem de oposição forte e credível.
Mas não se ficam por aí. Numa manobra de diversão logo procuraram realçar o voto de abstenção do PSD na Assembleia Municipal do dia 26, que teria gerado uma má reacção da presidente da câmara. O que é uma fraca prova. A abstenção está muito longe do peso do VOTO CONTRA, que faria toda a diferença para o PSD.
Não queiram tomar-nos por parvos, senhores vereadores do PSD. Os abrantinos depressam descobrem quem "bancou o trouxa"...
.
Se os vereadores do PSD tivessem sido um pouco mais perspicazes, nos onze dias entre 15 e 26 de Fevereiro, teriam obtido todas as informações que os fariam ter outra actuação eficaz na Assembleia Municipal, onde estava o ministro Lacão.
Nem teriam precisado de mais nada senão de verem com olhos de ver, que as pressas de um processo de compra iniciado em Junho de 2009, não justificava tanta pressa em 15 de Fevereiro de 2010. Mesmo que o processo fosse ali presente no dia, bastava terem consultado a documentação. E exigir a consulta à Junta.
Só que a votação em unanimidade da sessão do dia 15 foi um erro, e uma forma de desmobilização e desleixo, para que no dia 26 de Fevereiro na Assembleia já terem feito aí um grande número de oposição incisiva. Essas coisas, como se viu, não estão ao alcance de todos.
Vieram agora à pressa porque viram que foram ultrapassados pela unanimidade da Junta e Assembleia de Alferrarede e pelo CDS, através deste blog.
.
.
Vamos lá ver se a gente se entende.
O PSD enfiou um monumental barrete. Não há volta a dar-lhe.
E no momento de votarem - falta apurar, se no dia 8, uma semana antes da aprovação, não sabiam já da aquisição que só aprovaram a 15?! - tinham que ter a obrigação de perceber que o PUA - como agora já se apressaram a dizer, estabelecia locais destinados a equipamentos escolares. Ter-nos-iam poupado o pagamento dessa exorbitância de 618 mil euros. Como aqui foi dito neste blog, havia de certeza outras formas de encontrar um terreno a custo zero!
.
Se usado de outra competência e tivessem lido e reparado melhor nas datas de Junho com a decisão de avaliação do terreno, das datas de 16 de Setembro onde a Câmara decidiu comprar e a imediata resposta de 21 de Setembro do vendedor a dar o acordo para o negócio, percebiam imediatamente que a bota não atava com a perdigota.
É para isso que existem os vereadores da oposição.
.
Como sempre tive alguma desconfiança com a perspicácia dos professores nestas andanças, já não me surprenderam estas tristes ocorrências. Mas o eleitoirado tem ajudado. nada a fazer...
É no que dá serem todos professores na vereação, como eu tantas vezes critiquei...
Só agora já teria poupado à Cãmara 618 mil euros, fora o resto...