Em 1824 dominava em Portugal a Revolução Liberal, que na ânsia de distribuir bens pelos burgueses endinheirados da época confiscou todos os bens eclesiásticos, promovendo leilões judiciais a torto e a direito.
A avidez socrática já vem de longe e os varas já eram...
Ao contrário do que afirmam não houve "penhora alguma". Apenas, pelo que se depreende há confisco e não se sabe se uma partilha de herança de uma senhora de Abrantes, - entre maiores - que era dona em parte do terreno da Capela da Gafaria (famosa estância de cuidados aos leprosos, já extinta na época) e faltando o título da posse, - o que havia era uma posse útil do terreno e um foro, dividido entre um Sr. Soares e o Padre José dos Santos Baptista ( irmão do meu tetra avô Militão, também tetra avô do "historiador" Manuel Baptista Traquina, muito elogiado no blog dos Cidadãos de Abrantes - a Fazenda Real logo tratou de arrecadar umas divisas.
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Uma preciosa documentação que não enjeito e agradeço. Só falta encontrar a ligação ao outro meu antepassado Padre João Baptista de Castro. Talvez os "cidadãos por Abrantes" descubram mais uma "penhora"...
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Não vá dar-se o caso desses "amigos por Abrantes" desaparecerem para Peniche, aqui deixo reproduzido o texto desse blog, mal amanhado e trapalhão em parte, que apesar de desdenhoso, sempre faz justiça a esse Padre meu antepassado, um grande lutador contra os franceses: GOSTEI!
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«Segunda-feira, 15.03.10
Escândalo com o padre do Souto!
Em 1824 a Justiça régia foi implacável o cura do Souto (não sabemos o que aconteceu ao sacristão ) foi penhorado.
A Gazeta de Lisboa de 9 de Setembro de 1824 transcrevia a penhora mandada fazer pela Real Fazenda aos bens de vários súbditos entre eles o Padre José dos Santos Baptista.
O que sabemos é que o Padre Baptista (com p) se beneficiava de uma fazenda composta por vinha e algumas ameixeiras que era da Gafaria e por algum motivo a fazenda régia penhorou a vinha.
Dizem que o homem era um herói da luta contra os franceses.
Pelos vistos também chegou a ser um privilegiado que se aboletava com uma vinha que era da Gafaria..
Um grande economista como Jota Pico que nos explicou os motivos da falência da Apolinário Marçal atirando-os para cima do nosso amigo eng. Marçal só porque ele assinou a petição, que nos explique a penhora do Padre Baptista (com p) e já agora como é que o homem em vez de se dedicar às missas, se dedicava a aboletar-se com os bens da Gafaria!!!
r
Transcreve-se o Edital:
Nos dias 25, 27, e 28 do corrente mez de Setembro, se ha de pôr em praça no Conselho da Real Fazenda , para se arrematar no ultimo delles ,(..) também nos referidos últimos três dias, o resto dos bens pretencentes á Capella da Gafaria, na Provedoria de Thomar,que constâo de trez Domínios directos de foro; dos quaes o primeiro he de 10 gallinhas imposto nos prasos, de que hemphiteula o Padre Joaquim Joté de Souto, de Moraes , que partem com os herdeiros de D. Maria Machado , de Obrantes , e fazenda da dita Capella : os dois de 300 réis cada hum impostos em diflferentes prasos, do primeiro dos qua es heemphiteuta o Padre José dos Santos Baptista, e consta de vinha, e algumas amexeeiras, e parte com o mesmo emphiteuta; e o segundo de que he emphiteuta Manoel Soares, e parte com fazenda do dito Padre Baptista; e huma tapadinha a Santo André, subúrbios de Abrantesi, em que seconstruio huma fortificação, e se reunirão os dois domínios á Real Coroa, porque era foreira á dita Capella. em 150 réis: o que tudo melhor se pôde ver na Secretaria do dito Tribunal, para se arrematarem no ultimo dos referidos dias, pelas 11 horas da manhã, ao maior'lanço, que se offerecer, sobre a avaliação livre de Sisa, e pago em Títulos liquidados da Divida Publica, pelo valor que elles representarem, na conformidade das ultimas rleaes Ordens.»
Escândalo com o padre do Souto!
Em 1824 a Justiça régia foi implacável o cura do Souto (não sabemos o que aconteceu ao sacristão ) foi penhorado.
A Gazeta de Lisboa de 9 de Setembro de 1824 transcrevia a penhora mandada fazer pela Real Fazenda aos bens de vários súbditos entre eles o Padre José dos Santos Baptista.
O que sabemos é que o Padre Baptista (com p) se beneficiava de uma fazenda composta por vinha e algumas ameixeiras que era da Gafaria e por algum motivo a fazenda régia penhorou a vinha.
Dizem que o homem era um herói da luta contra os franceses.
Pelos vistos também chegou a ser um privilegiado que se aboletava com uma vinha que era da Gafaria..
Um grande economista como Jota Pico que nos explicou os motivos da falência da Apolinário Marçal atirando-os para cima do nosso amigo eng. Marçal só porque ele assinou a petição, que nos explique a penhora do Padre Baptista (com p) e já agora como é que o homem em vez de se dedicar às missas, se dedicava a aboletar-se com os bens da Gafaria!!!
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Transcreve-se o Edital:
Nos dias 25, 27, e 28 do corrente mez de Setembro, se ha de pôr em praça no Conselho da Real Fazenda , para se arrematar no ultimo delles ,(..) também nos referidos últimos três dias, o resto dos bens pretencentes á Capella da Gafaria, na Provedoria de Thomar,que constâo de trez Domínios directos de foro; dos quaes o primeiro he de 10 gallinhas imposto nos prasos, de que hemphiteula o Padre Joaquim Joté de Souto, de Moraes , que partem com os herdeiros de D. Maria Machado , de Obrantes , e fazenda da dita Capella : os dois de 300 réis cada hum impostos em diflferentes prasos, do primeiro dos qua es heemphiteuta o Padre José dos Santos Baptista, e consta de vinha, e algumas amexeeiras, e parte com o mesmo emphiteuta; e o segundo de que he emphiteuta Manoel Soares, e parte com fazenda do dito Padre Baptista; e huma tapadinha a Santo André, subúrbios de Abrantesi, em que seconstruio huma fortificação, e se reunirão os dois domínios á Real Coroa, porque era foreira á dita Capella. em 150 réis: o que tudo melhor se pôde ver na Secretaria do dito Tribunal, para se arrematarem no ultimo dos referidos dias, pelas 11 horas da manhã, ao maior'lanço, que se offerecer, sobre a avaliação livre de Sisa, e pago em Títulos liquidados da Divida Publica, pelo valor que elles representarem, na conformidade das ultimas rleaes Ordens.»
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Como se prova não há "penhora" pois não se faz menção a dívida, mas tão somente havendo o confisco e a Fazenda Real não querendo as uvas nem as ameixieiras para nada, e como os vereadores da época não gostassem do Souto, os terrenos só poderiam interessar ao Padre Baptista, pelo valor estimativo onde existira a extinta Gafaria assistencial aos doentes leprosos.
Devo dizer que sou co-herdeiro desses terrenos da Gafaria, que se repartem por outros primos, vinfdo dos nossos antepassados "Baptistas".
Até que enfim que os "amigos de Peniche fizeram um trabalho útil. Só por isso, ainda lhes dou troco. Coitados!
Também precisam de que lhe afaguem o ego...
Quanto à falência da firma Marçal, estou-me nas tintas para isso!
