Foi uma delegação da Assembleia Municipal com representantes de todos os partidos, mais a presidente da Câmara - Lacão fez-se subsituir pelo seu secretário, o que só comprova a indiferença de Sua Exª nas questões locais - para apelar ao Sr. ministro das Obras Públicas a construção da Ponte no Tramagal.
Missão quase impossível, face às contigências financeiras.
Abrantes, perdido o IC 9, anulada a Clínica Ofélia, sem dinheiro para o Museu Ibérico, sem Mercado Diário, nem projecto no Vale da Fontinha, sem dinheiro para o Tecnopolo, comprometido o novo Politécnico, sem novos Paços do Concelho, absolutamente desnecessários, só tinha que vender os anéis e salvar os dedos.
O açude como projecto a vender à EDP poderia ser a forma de Abrantes se auto-financiar e arrecadar os apoios do QREN ( se é que ainda está válido o QREN?), para todas essas obras. E deixar a porta aberta à EDP para Almourol. E a CE para o "peditório" das energias renováveis ainda dá...
Paradoxalmente, a crise poderia ser a grande oportunidade para engendrar uma nova "engenharia financeira". Falem nisso ao ministro das Obras Públicas. Mas façam-no perceber bem as coisas. Eu por mim nem hesitava...
Mas como sempre, ainda é demasiado cedo para muitos perceberem que não são os autarcas inexperientes, e com cursos que nada têm a ver com as necessidades locais, as pessoas mais bem preparadas para enfrentarem esse grande e dramático desafio local.
Talvez ainda não tenham dado conta, mas em 2013, pode já não haver o número mínimo de eleitores para se eleger a respectiva junta, em pelo menos meia dúzia das nossas pequenas freguesias.
Ora um concelho assim, não augura nada de bom...