Recordando o que disse o PSD:
-« Relativamente à construção de um museu ou adaptação de um espaço para albergar colecções de reconhecido valor, como nos garantem ser o caso, os vereadores do PSD são a favor, desde que o projecto não ponha em risco, obviamente, a coesão territorial e o tecido económico do município, como sucederia se o projecto consumisse recursos essenciais e não fosse capaz de gerar o retorno equivalente.»
- Até aqui, tudo como no título supra: nem sim, nem não, antes pelo contrário...
«É, por esta razão, que defendemos, (...) primeiro, fazer um estudo sério sobre a sua viabilidade e sustentabilidade económica.
A Câmara não pode correr o risco de um projecto destes falhar...
...nós não aceitamos apostar o destino do concelho de Abrantes numa qualquer roleta russa, por muito elogiada que seja. Sem informação não pode haver decisão.»
- Mais uma vez, o sim, o não e o antes pelo contrário...
«...sobre a colecção de João Estrada, (...) foi, assim, mais por descarga de consciência do que por acreditar que as mesmas tivessem algum fundamento, que colocámos aqui questões que, em Abrantes, pessoas com credibilidade, inclusive, comentam ou dão como assentes.»
- Aqui o mais grave: Não obstante o PSD não acreditar no fundamento das suspeitas lançadas, ainda assim com toda a pompa e circunstância vai de colarem-se às frases irreflectidas do marido da Coordenadora e desferirem um golpe irreparável no bom nome e na idoneidade do benemérito João Estrada.
PARADOXAL desfecho do PSD : «...(a câmara devia) antes, ter tido o cuidado de limpar a colecção nuclear das peças falsas.»
«É, por esta razão, que defendemos, (...) primeiro, fazer um estudo sério sobre a sua viabilidade e sustentabilidade económica.
A Câmara não pode correr o risco de um projecto destes falhar...
...nós não aceitamos apostar o destino do concelho de Abrantes numa qualquer roleta russa, por muito elogiada que seja. Sem informação não pode haver decisão.»
- Mais uma vez, o sim, o não e o antes pelo contrário...
«...sobre a colecção de João Estrada, (...) foi, assim, mais por descarga de consciência do que por acreditar que as mesmas tivessem algum fundamento, que colocámos aqui questões que, em Abrantes, pessoas com credibilidade, inclusive, comentam ou dão como assentes.»
- Aqui o mais grave: Não obstante o PSD não acreditar no fundamento das suspeitas lançadas, ainda assim com toda a pompa e circunstância vai de colarem-se às frases irreflectidas do marido da Coordenadora e desferirem um golpe irreparável no bom nome e na idoneidade do benemérito João Estrada.
PARADOXAL desfecho do PSD : «...(a câmara devia) antes, ter tido o cuidado de limpar a colecção nuclear das peças falsas.»
- Agora já temos "peças falsas" e "a colecção nuclear" ! A alusão à limpeza das peças falsas, só reforça o crédito devido ao maior valor e ao maior significado das peças da colecção nuclear. Como o próprio termo indica, nuclear é a parte central, o âmago da coisa.
Por paradoxo, o PSD acabou de dar por adquirido, que "a colecção nuclear" seria sempre um bom motivo para a prossecução deste projecto.
Logo, anulou todo o raciocínio em que fez assentar a sua oposição e a sua crítica.
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FINALMENTE: Os vereadores do PSD, deveriam ter falado mais nos pressupostos de ordem económica e financeira, pois um deles é dessa área, nomeadamente, quanto às verbas que estão previstas surgirem do QREN e do Estado. É que sem isso, nunca poderá garantir qual será o nível de endividamento da autarquia nesse projecto.
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Não basta falar nos 10 milhões do projecto, como sendo muito dinheiro. Já agora quanto valem as 6 mil peças da colecção João Estrada e as outras duas colecções agregadas?
Imagine-se que a quota de participação da autarquia irá ficar nos 15 %. Um milhão e meio de euros vale bem a pena arriscar, só pelos arranjos no Convento e na sua envolvente e pelo prestígio para a cidade pela posse de um Museu. Não pode o PSD vir a falar de "estudo económico" sobre uma obra onde o grosso do financiamento acaba por vir a fundo perdido.
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Face às variáveis tão tumultuosas na escala financeira, o momento não parece ser o de dar grande crédito aos planos e aos estudos económicos, cujas premissas verdadeiras de hoje, podem acabar desmentidas, logo na madrugada seguinte.
A pretexto de "birra partidária" o PSD tem estado a dar demasiado crédito ao supérfluo e a esquecer o essencial. E o essencial é o Museu Ibérico, cujo prejuízo poderá no pior dos cenários obrigar ao responsável da Biblioteca António Botto vir a arcar com a responsabilidade da tutela do Museu, recolhendo alguns funcionários mais do acervo do quadro municipal, onde há técnicos de sobra para as tarefas cada vez mais diminutas nos diversos serviços, à excepção da área social.
A falta de um número apreciável de visitantes, face à importância da "colecção nuclear" parece ser de todo impossível. Nem é preciso gastar milhares de euros nesses estudos económicos de pacotilha, cujas fotocópias de articulados percorrem todos os estudos inócuos por esse país fora. Às vezes até se esquecem de rasurar a alteração devida, no nome do concelho a que sucessivamente vêm servindo.
Por tudo isto, a posição do PSD é um absurdo, que só fomenta a desgraça.