Vejamos:
«Recém-licenciados querem ir para as cidades do futuro, por Cláudia Garcia e Kátia Katulo, Publicado em 17 de Maio de 2010, "i".
Inquérito a 4000 jovens de 22 países diz que 80% ambiciona um emprego no estrangeiro e 70% quer trabalhar num país com uma língua diferente.
A próxima geração de empresários não quer o mesmo emprego para todo o sempre, não quer viver no país onde nasceu, nem sequer se preocupa tanto com os melhores salários que o seu patrão tem para oferecer.
É a chamada geração Milénio e dela fazem parte aqueles que entraram no mercado de trabalho após o ano 2000.
São os recém-licenciados de hoje que encaram o emprego como um mundo sem fronteiras. É esta a conclusão do estudo "Mobilidade de Talento em 2020" realizado pela empresa de consultadoria americana Pricewaterhousecoopers (Pwc) que ouviu mais de 4000 jovens de 900 multinacionais sediadas em 22 países e concluiu que 80% desta geração deseja trabalhar fora do seu país.»
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O universo escolhido - 4 000 jovens de 900 multinacionais (presume-se americanas)sediadas em 22 países - teria obrigatoriamente de dar nesse desejo de 80 % de adesão ao trabalho fora do seu país. Isso é por demais capcioso. Topa-se a léguas!
Pese, os 20 % que não estão para aí virados. Quiçá, já tenham visto que não estão para ser mais, mão de obra explorada pelos ditames gananciosos e falaciosos das multinacionais ianques. E ainda acreditam que as suas terras sejam boas terras para criarem os seus filhos junto das raízes familiares. Ainda acreditem, desgradaçadamente, num tal filósofo beirão que propagandeava " uma boa terra para viver, estudar, trabalhar e investir nas grandes oportunidades de negócios".
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É triste que um autarca - dito socialista - que gastou cerca de mil milhões em obras no seu concelho durante 16 anos, como um Parque Desportivo Municipal, um Aquapolis, um Tecnopolo, um Politécnico, as remodelações de milhões concertadas com o governo nas principais escolas secundárias, Áreas Industriais, Urbanizações municipais, tudo iniciativas apoiadas numa agressiva propaganda que visava a construção do futuro para as novas gerações, acabe agora rendido à propaganda imperialista americana e atire com toda a sua obra - e o nosso dinheiro - para o caixote do lixo das opções erradas e ultrapassadas face à sua nova adesão e pedante filosofia agregada à nova geração global.
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Por pudor devia permanecer calado e não continuar a gozar com o povo de Abrantes...