Quando Portugal está entre os seis países do mundo com maior risco de cumprimento da sua dívida, e todos os PIIGS e o Reino Unido fazem cortes mais objectivos - incluindo reduções nos salários dos políticos e funcionários públicos, coisa que só nós resistimos, até sermos obrigados e "castigados" com a penalização mais agravada decorrente dessa nossa teimosia em demorar a fazer as coisas - não tarda que a CE descubra o despesismo reinante por essas autarquias fora, talvez o cumulo do maior despesismo multiplicado por 312 municípios.
E como todos os municípios já estão com "quota" no QREN, um dia destes a CE nem precisa de muito esforço para indicar o óbvio: os cheques dos pagamentos de todas as autarquias do Médio Tejo passam a ser assinados pelo "GESTOR de Câmaras do Médio Tejo", - que podia ser um alemão mais habituado às regras - instalado na capital do Médio Tejo, em Constância, despachando segundo os rácios fixados por Bruxelas.
Atrás disso, lá teremos todos os processos de licenciamento a serem "despachados" por um único grupo de técnicos do Médio Tejo e dentro dos 30 dias da lei. É que as receitas das câmaras não podem demorar anos à espera da ordem de entrada nos cofres municipais, só porque os gabinetes dos burocratas tudo atrasam, à espera que caia a "grojeta"...
Só nesse avanço de anos de receitas já dadas como perdidas, o nosso défice público caía logo para os 3%, no primeiro ano...
Era a globalização nas autarquias: venha de lá a primeira geração de autarcas globais!