Grande Pacheco!
Não sei se fosse Miguel Relvas o deputado por Santarém, se diria isto...
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No texto, a que o PÚBLICO teve acesso, Pacheco responde às duas perguntas que estiveram na base do inquérito:
- se o Governo interveio ou não no processo e se Sócrates mentiu ao Parlamento. "Sim, houve participação governamental (em particular com origem no primeiro-ministro e executada por quadros do PS colocados em posições cimeiras em empresas em que o Estado tem qualquer forma de participação directa ou indirecta) numa tentativa de, em ano eleitoral, controlar vários órgãos de comunicação social, nomeadamente a TVI", lê-se no texto em resposta à primeira pergunta.
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A resposta à segunda também é pela positiva:
"Sim, o primeiro-ministro sabia, foi informado pessoalmente do que se passava e, por via indirecta, conhecemos indicações suas sobre o modo como os executantes deviam proceder. E, por isso, mentiu ao Parlamento. Ele não queria ter a fama (de controlar a comunicação social), sem ter o proveito (de a controlar de facto) e procedeu e permitiu que procedessem em consequência, conforme as suas intenções publicamente anunciadas no congresso do PS.
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"Comportamentos, concluiu, de "extrema gravidade numa democracia".