"A insurreição burguesa de 1383, acompanhada por amplas e profundas revoltas camponesas e "proletárias" que abalaram de alto a baixo a sociedade portuguesa, não triunfou apenas sobre a nobreza do país. Teve também de vencer a intervenção reaccionária castelhana, preparada e provocada por aquela. A revolução burguesa identificou-se com uma luta nacional pela independência. A vitória da acção portuguesa foi assim uma grande vitória das forças progressivas sobre as forças reaccionárias de Portugal e Espanha."
(...)
"Então como sempre, os patriotas dedicados foram os combatentes revolucionários e a traição ao país encontrou-se nas forças da reacção. A insurreição burguesa, acompanhada por extensos e violentos levantamnetos camponeses, tomou assim, desde a primeira hora, uma orientaç~~ao política geral, polarizando as aspirações da população laboriosa no objectivo da defesa da independência contra um Estado estrangeiro e contra a classe que de Portugal (a nobreza) provocava deliberadamente a sua intervenção. A lutra pela independência não foi mais que um aspecto revestido pela revolução burguesa, dado o recurso da aristocracia ao auxílio estrangeiro. Por isso mesmo, a defesa vitoriosa da independência é o melhor certificado da vitória interna da burguesia contra a aristocracia reaccionária."
(...)
"Hoje o herdeiro das tradições revolucionárias da burguesia não é a burguesia mas o proletariado. A burguesia representa nos nossos dias o que a nobreza representava nessa época: a classe dominante, exploradora e parasitária, capaz de vender a independência do país em troca do auxílio estrangeiro para se manter no Poder."
(Op. Cit., 3ª ed., Lisboa, Caminho, 1997, pp. 97, 99 e 101.) - Álvaro Cunhal
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"Então como sempre, os patriotas dedicados foram os combatentes revolucionários e a traição ao país encontrou-se nas forças da reacção. A insurreição burguesa, acompanhada por extensos e violentos levantamnetos camponeses, tomou assim, desde a primeira hora, uma orientaç~~ao política geral, polarizando as aspirações da população laboriosa no objectivo da defesa da independência contra um Estado estrangeiro e contra a classe que de Portugal (a nobreza) provocava deliberadamente a sua intervenção. A lutra pela independência não foi mais que um aspecto revestido pela revolução burguesa, dado o recurso da aristocracia ao auxílio estrangeiro. Por isso mesmo, a defesa vitoriosa da independência é o melhor certificado da vitória interna da burguesia contra a aristocracia reaccionária."
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"Hoje o herdeiro das tradições revolucionárias da burguesia não é a burguesia mas o proletariado. A burguesia representa nos nossos dias o que a nobreza representava nessa época: a classe dominante, exploradora e parasitária, capaz de vender a independência do país em troca do auxílio estrangeiro para se manter no Poder."
(Op. Cit., 3ª ed., Lisboa, Caminho, 1997, pp. 97, 99 e 101.) - Álvaro Cunhal
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NOTA: Como comentava alguém, Jerónimo de Sousa se leu isto não percebeu nada. É que votou a favor do TGV para Madrid, que mais nos colocava dependente do estrangeiro... o "apeadeiro" em Évora pesou mais...