Companheiro Paulo Portas, todas as lideranças têm um fim.

ALDEIA de MATO e SOUTO com a sua "UNIÃO" tem o caminho aberto para serem a MAIOR e MAIS PROMISSORA FREGUESIA do CONCELHO de ABRANTES. Basta saber livrar-se uns "certos jumentos" da canga autárquica...

domingo, 6 de junho de 2010

3 079 - A minha carta no semanário "EXPRESSO" é para mobilizar consciências e acabar com mais nabos em saco...

O grande incêndio de 18,19 e 20 de Agosto de 2005 provou o vazio de todo os planos ou ideias de fazerem Protecção Civil, que viviam de fantasias e de palavreado falso.
Nas duas semanas anteriores em redor do Carvalhal, que esteve com as suas tradicionais festas de verão ocorreram vários focos de incêndio. Mandava o bom senso que no fim de semana de 18 e 19 com festas no Maxial (Fontes) e no Souto e na semana seguinte na Carreira do Mato, que se desse especial vigilância à zona.
Merecia ou não estar de vigilância permanente um jeep e um auto-tanque, por mais pequenos que fossem, quando era expectável novas ignições?
Só quem quisesse tapar o sol com a peneira, poderia negar essa evidência.
Num relato muito sucinto diria que às 14 horas do sábado 18, deflagrou a ignição no Maxial. Muitos populares mobilizados sem meios capazes, e o incêndio passou para a Portela, Cabeça Ruiva, subiu às Fontes ao Vale da Bairrada, Carrapatoso, desceu às Sentieiras e aí já lá estavam às 18 horas os bombeiros a pensar que mal o fogo subisse das Sentieiras para o Carril ou Atalaia o poderiam lá dominar. Meios aéreos não chegaram nesse sábado e o fogo subiu à Atalaia e ao Carril.
Entre a meia-noite e as duas da manhã galgou da Atalaia até à Srª do Tojo, à Brunheta e ao fundo da Ribeira do Souto, ameaçando a zona abaixo do Cemitério do Souto. Vivi todas essas horas com a convicção que não havia plano algum e a protecção civil era um embuste, com bombeiros (poucos nesse sábado) a ocorrerem onde ouviam mais gritos, sem uma linha de actuação eficaz e planeada. Pareciam tão impotentes e tão desnorteados quanto os fregueses.
Domingo às sete da manhã, vejo o primeiro heli a vazar água para um fogacho no alto da Atalaia, onde já tudo arderam de véspera e chamo a atenção para um arvorado dos bombeiros, que não tinha meios de informar o heli para ir ao único local onde era preciso: a frente de fogo que "marinava" em braseiro pronto a reacender-se e a subir das margens da albufeira por meio quilómetro até chegar ao Fundo da Aldeia, ao adro da Igreja, à Milheirice e ao cemitério do Souto.
Essa perigosa frente de fogo foi mantida abandonada à sua sorte até às 11 horas. Fiz telefonemas para o Apoio às Freguesias e gabinete de emergência da câmara e telefones particulares que possuía. Num deles fui "convidado" a deixar-me de "campanhas partidárias"!!! Porque o fogo estava a ser combatido(??!!). Viu-se!
Depois das 11 horas chegou finalmente um avião a combater as chamas já em cima das casas do Fundo da Aldeia, do adro e da Milheirice. Dezenas de carros particulares dos habitantes em sobresalto, estacionados no adro podiam gerar um incêndio de carros em cadeia. Um perigo terrível. Seria o fim do centro do Souto.
O fogo caminhou para a Ladeira da fonte do Souto, e num ápice fomos todos até ao Cimo das Vinhas porque se de lá prosseguisse o fogo, então Bioucas, Maxieira e Carreira de Mato iam logo a seguir.
Encontramos-se lá um grupo de homens jovens e maduros, duas gerações que munidos de enxadas e de ramalhos enfrentámos todos os pequenos focos que pululavam aqui e ali. Um carro dos bombeiros mal apagara as chamas mais próximo das casas fazia meia volta e sem que viesse outro substituí-lo - e aquela era a grande frente mais avançada do fogo - apareceu um segundo auto-tanque daí a uns minutos mas nem fez nada porque dizia-se sem água. Os populares ameçadores obrigaram-nos a estender as mangueiras. Afinal ainda havia água para apagar os fogos que ameaçavam duas casas junto à padaria velha. Entretanto, já todos andavam indignados com o andar para trás dos bombeiros mais preocupados em regressarem a Abrantes a pretexto de irem encher os depositos...
Logo ali com tanta ]agua na Albufeira. E com as potencialidades das cooperativas de rega ignoradas.
Cerca das 13 e 14 horas o fogo caminhou pela margem da albufeira a norte da estrada de Souto para Bioucas. 2 km de estrada alcatroada, que só viu duas naquelas duas horas duas ambulâncias para recolha de acamados e doentes.
NENHUM AUTO-TANQUE "QUIS" ou recebeu "ORDENS" para lá PASSAR.
BIOUCAS ARDEU TODA À VOLTA DAS CASAS.
Eu e o meu filho depois de vermos uma "explosão" algo anormal num eucalipto ainda o fogo vinha a uns 70 metros, naquele espaço em que a temperatura sobe ao insuportável e ao sentimento de impotência e raiva, para quem só tem uma enxada nas mãos, uma bola de fogo de trinta metros de diâmetro eleva-se no ar e o fogo ganha mais 50 metros de avanço em segundos. Foi só correr para o carro e já não descemos para Bioucas, e rumei à Maxieira sempre com as chamas a avançarem nas nossas costas. Se houvesse um furo num pneu, já havia pensado, o carro continuaria de rastos...
Da Maxieira ao Carregal, entro na Carreira de Mato paro para a família dar conta que estavamos a salvo e corro para o Largo da Igreja, onde já o fogo se aproximava vimndo de Bioucas, e da Maxieira pelo o caminho de onde minutos antes pudera ainda passar de carro.
Nesse domingo à noite o fogo descia ao Carvalhal , à Pucariça à Aldeia de Mato, à Medroa, a Martinchel à A-23, ao Paúl, à Abrançalha., à Srª da Luz, com 100 auto-tanques todos em espera do fogo no Parque de S. Lourenço.
ERA ESSE O "plano de Protecção civil" que era explicado já não sei por quantos teóricos, com o microfone na boca...
O autarca máximo - que agora já sabe falar em solidariedade e em contratos sociais e bota discurso no apoio a um candidato a Belém- já tinha chegado, horas antes, de avião a Estocolmo, em gozo de férias, disseram-me mais tarde...
Era o chefe da protecção civil municipal, mas deixara cá o substituto, o venerando vice... Nem me ocorre o nome desse vice...
Como se vê, não me ocorre também nenhum motivo para poder confiar em "Protecção Civil" desta natureza!

BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT

INICIADO em 27.10.2007

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...
Equipa de futebol do Souto, c/ João Pico a capitão da equipa ( 2º em cima à esqª.)

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...
Paulo Portas e João Pico vendo o Parque Ribeirinho...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...
Alta tensão sobre Urbanização Municipal nas Arreciadas

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes
Nuno Pico acompanhado à guitarra por Alfredo Gomes e na viola José Mário Moura

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO  - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!
E desafiei o então presidente, Engº José Bioucas a ir à albufeira do Castelo de Bode connosco buscar água para a freguesia e para ABRANTES. Só que o Engº riu-se... E só em 2001 é que lá foram à albufeira... Tive razão antes do tempo...

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes
Retábulo da Matriz do Souto onde João Pico foi baptizado

Arquivo do blogue