Na noite de 19 para 20 de Agosto, domingo para segunda-feira depois do fogo até às 13 horas ter devastado o Souto e parte de Carvalhal, prosseguido nessa tarde para a Carreira de Mato, Cabeça Gorda, Aldeia de Mato, Pucariça e Aldeínha e floresta de S. Vicente e Alferrarede, nenhum carro dos bombeiros acedeu aos telefonemas - alguns de familiares meus - para vir combater os reacendimentos que a partir das 22 horas, à meia-noite e às 2 da madrugada fustigaram muitos quintais e chegaram bem perto das habitações. Valeu estarem por lá muitos familiares junto das suas casas, em férias e porque devia ter sido dia de festa.
Essa imagem traumática ainda hoje está bem gravada na memória das pessoas. Não se pode fingir que nada se passou. Nem se pode tomar como boa, a colocação acintosa de uma centena de auto-tanques em S. Lourenço, quando na véspera e nesse dia 19, o comando dos bombeiros deu tão má conta do recado, com uma escassa dúzia de carros de combate sempre com pressa de regressarem a Abrantes, argumentando os bombeiros que tinham que ir buscar mais água.