Não merece mais de duas linhas. Escreveu muito, numa forma obsessiva, como se quisesse ocupar o espaço de liberdade dos outros, negando a pedagogia do diálogo e do debate que nunca cultivou. Ajudou a afundar a governação final do Engº Bioucas e acabou co-responsável pela "ascensão" do ex-colega na direcção municipal do desperdício.
Falou de si, de tudo e de nada com significado, e nunca regateou elogios à obra cultural que só ele enxergou na actividade da mulher. Claro que quem tanto elogiou a mulher, dificilmente poderá invocar alheamento ao que fazia a própria mulher. Logo, as suas opiniões sobre o Museu e as colecções tinham que ter forçosamente uma partilha entre o casal. Mesmo que ambos fossem surdos-mudos, essa troca de opiniões teria sempre existido.
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O concelho livrou-se da canga pseudo-cultural e manipuladora que já levava décadas. Foi o espantalho da cidadania empenhada que sempre combateu, baralhando os debates e matando a discussão mais séria e ponderada. No limite, atacava a pessoa e ignorava o tema. Acabou por ser ele próprio a desacreditar-se.
Bebeu o cálice até ao fim...