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Li por aí, o que escreveu quem já disse e fez uma coisa e o seu contrário.
Passemos um breve resumo desse texto do blog. Como há liberdade eu posso comentar. Conquistei essa liberdade com uma metralhadora na mão e nunca me servi do poder para meu proveito pessoal. Dei sempre tudo aos outros e nunca aceitei nada para mim. Claro que os cínicos nunca irão acreditar em mim. Pode lá ser - dirão.
Para arrelia dos cínicos, dá-se o caso, que é mesmo verdade o meu desprendimento das benesses materiais ou mordomias públicas.
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Oiçamos agora esta prosa :
«Aceito que se cortem salários e se aumentem os impostos, mas apenas de forma muito, muito transitória. Mas apenas com a condição de se reformar Portugal, para se pensar como poderemos ser viáveis.
Seguramente, não acredito que o possamos ser com esta realidade político-administrativa. Portugal não pode ter tantas freguesias e tantos municípios. Portugal não pode ter tantos autarcas e tantos trabalhadores de autarquias, que tendem a repetir o mesmo, replicando coisas acertadas e coisas erradas. A fase pós-25 de Abril, em que as autarquias fizeram trabalho em prol das populações, está a esgotar-se. Hoje, são outras as preocupações.
Portugal não pode continuar a apostar num sistema de apoio social que mantém o interior do país despovoado, as terras produtivas por cultivar e a floresta em estado de abandono, sobretudo no caso das propriedades de pequena dimensão, há muito abandonadas.
É preciso olhar para o futuro e tomar decisões. Vai haver contestação, vai haver lamentos, lamúrios e incompreensões. Mas algo tem de ser feito. Não podemos continuar a ter o 'monstro', a ser alimentado por sacrifícios cada vez maiores impostos às famílias e às gerações que se nos seguirão.
Mas, para que isto seja possível, precisamos de uma maioria absoluta bem forte para ter legitimidade para agir.
Para viabilizar Portugal impõe-se energia, determinação, clarividência e fazer tudo diferente do que tem sido feito, alternadamente, desde o 25 de Abril, que tem sido mais do mesmo, com todos os responsáveis a contribuírem para enterrar Portugal, um país que é já quase cadáver e se encontra doente em fase terminal.»
Seguramente, não acredito que o possamos ser com esta realidade político-administrativa. Portugal não pode ter tantas freguesias e tantos municípios. Portugal não pode ter tantos autarcas e tantos trabalhadores de autarquias, que tendem a repetir o mesmo, replicando coisas acertadas e coisas erradas. A fase pós-25 de Abril, em que as autarquias fizeram trabalho em prol das populações, está a esgotar-se. Hoje, são outras as preocupações.
Portugal não pode continuar a apostar num sistema de apoio social que mantém o interior do país despovoado, as terras produtivas por cultivar e a floresta em estado de abandono, sobretudo no caso das propriedades de pequena dimensão, há muito abandonadas.
É preciso olhar para o futuro e tomar decisões. Vai haver contestação, vai haver lamentos, lamúrios e incompreensões. Mas algo tem de ser feito. Não podemos continuar a ter o 'monstro', a ser alimentado por sacrifícios cada vez maiores impostos às famílias e às gerações que se nos seguirão.
Mas, para que isto seja possível, precisamos de uma maioria absoluta bem forte para ter legitimidade para agir.
Para viabilizar Portugal impõe-se energia, determinação, clarividência e fazer tudo diferente do que tem sido feito, alternadamente, desde o 25 de Abril, que tem sido mais do mesmo, com todos os responsáveis a contribuírem para enterrar Portugal, um país que é já quase cadáver e se encontra doente em fase terminal.»
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COMENTÁRIO:
As populações que se lixem! Esse sujeito nem precisava de o dizer... o texto diz tudo...
"A floresta (...) sobretudo as propriedades de pequena dimensão, há muito abandonadas".
Claro que não haver Postos dos Bombeiros a menos de 20 minutos das possíveis ignições é coisa de somenos. E o desânimo e a descrença dos proprietários em verem sucessivos e cirúrgicos incêndios levarem-lhes o produto da floresta, em 1980, 1985,1990, 1995, 2003, 2005 e 2007, fora outros fogos pelo meio, isso não interessa. No limite, talvez que os pequenos proprietários "devessem" ser consumidos no meio dos fogos, e agora tínhamos o trabalho facilitado para essa tese de gestão imberbe e assassina...
«Não podemos continuar a ter o "monstro"»-dizia ele.
Mas ele quer continuar depois de uma redução dos salários. Redução mas de uma forma muito, muito transitória. Claro! E depois de uma maioria absoluta do partido dele e do amigo e ex-jota "Passos Coelho", onde depois ia arrecadar o perdido...
Ah, e agora a melhor:
"Impõe-se fazer tudo diferente do que tem sido feito alternadamente desde o 25 de Abril, que tem sido mais do mesmo..."
Mas com quem?
Só com outra gente, que não tem estado agarrada a tachos, não subiu à conta dos partidos e não arranjou empregos públicos vitalícios para a família!
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Olhem bem para o que o gajo queria...
Sim, eu chamo-lhe gajo. Que quer reformar Portugal para vermos como podemos ser viáveis?!
Então, e se não conseguissemos ser viáveis? Ele ia ter a coragem de o confessar e prescindir da reforma e das benesses? E pedia desculpa, como o Passos Coelho já o começou a fazer, para multiplicar logo de seguida mais incongruências e mais cumplicidades com Socrates?!
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Dizia ontem a Filomena Mónica: Mas agora há LIBERDADE!
Há. Mas para muitos como aquele gajo poderem arrotar mais postas de pescada!
E querer vir mandar na minha família, como qualquer Comissário Político... déspota esclarecido, q.b., não é verdade?!