Peguem nestes exemplos:
Vejam só em Abrantes.
Um concelho com uma área de 713 MILHÕES de m2 ( 713 km2).
Como tem cerca de 20 mil habitações e desprezando as habitações nos prédios em altura ( que não são assim tão poucas...), lá temos uma ocupação em betão, como os ambientalistas gostam de dizer, de 3 milhões de m2. ( 3 para 710)
Mesmo sobrando 710 milhões de m2 para o verde, nem assim se dão por satisfeitos os soberbos, preconceituosos e falsos ambientalistas!!!
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Como o terreno para uma moradia na cidade pode custar cerca de 70 mil euros, o m2 da implantação da moradia pode valer 700 €.
Logo, os 3 milhões de m2 de terrenos para construção, se for em moradias valem 2.100 milhões de euros.
Os restantes 710 milhões de m2 acabam por valer 20 cêntimos o m2, ( 2 mil euros o hectare) , um total de 142 milhões de euros.
Portanto, os 3 milhões de m2 do urbano valem 14 vezes mais do que os 710 milhões de m2 da floresta e agrícola.
ISTO EM NÚMEROS REDONDOS, sem uma grande precisão, desnecessária nesta ilustração...
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Quando se diz a um freguês que não pode construir no seu terreno, porque apesar de ter a rua alcatroada e a água e luz a poucos metros ou a passar nessa rua, a linha de limite do perímetro urbano lá da freguesia ou da aldeia passou-lhe uma tangente ou só lhe contemplou uma fatia desse terreno, isso significa o quê?
- 1º - Que se lá construísse, não precisava de ir pagar a outro vizinho 20 mil ou 40 mil euros, por um terreno onde pudesse construir uma casa com 100 m2 de implantação;
- 2º - Que por essa linha do perímetro ter passado na tangente o terreno só valerá uns mil ou 2 mil euros, em vez dos 20 mil ou 40 mil euros do vizinho mesmo ao lado;
- 3 º - O vizinho mesmo que lhe pagassem os 20 ou os 40 mil euros pode não querer vender e o freguês nem a pagar 40 mil euros, o dinheiro com que já podia fazer a moradia em auto-construção, alguma vez poderá ter casa na sua própria terra!
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Podem vir com todos os argumentos de falsos ambientalistas, mas uma decisão desta natureza é uma aberração e uma iniquidade completa.
Todavia, há 15 anos que se pratica em larga escala no concelho de Abrantes.
Digam o que disserem, assim nunca teremos um concelho equilibrado, onde as pessoas possam sentir vontade de viver.
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MAIS: com o indeferimento ou a inviabilidade dada em média, a dez fregueses por ano, em cada uma das 19 freguesias, ao fim de 15 anos podemos já ter mandado para fora do concelho cerca de 9 mil habitantes ( 3 mil novas habitações interditadas).
VERDADE SE DIGA, que a gente já deu pela falta desses milhares de abrantinos...