As urbanizações municipais nunca foram uma solução barata, porque vendem caro.
É a escassez que faz os terrenos caros, e transforma alguns fregueses em grandes especuladores.
Melhor do que uma dispendiosa urbanização municipal será sempre um pedaço de rua de ligação ou intersecção a outras duas ruas para concentrar o que caminha para a dispersão.
Logo, nunca pode um PDM com qualidade urbanística defender ruas de fora a fora com casa de um lado e de outro, sem umas transversais a meio dessas ruas compridas.
Acontece que os perímetros aedificandi no meio rural do concelho correm atrás das ruas compridas e deixam vazios terríveis interditos no centro das povoações. O que é mau desenho urbano. Há povoações que nunca adquiriram uma rua transversal após o PDM.
O PDM limitou-se a ir atrás das ruas e a concentrar toda a vida de uma aldeia ou sede de freguesia numa só rua de ponta a ponta, sem cuidar de preparar outra rua paralela para alternativa ao descongestionamento.
Carreira de Mato, Aldeia de Mato, S. Domingos, Amoreira, Rio de Moínhos e S. Facundo são exemplos dessa natureza. E nesta última, a urbanização municipal mais agravou o problema, prolongando demasiado a rua principal a caminho da Ponte de Sôr. Desgraçadamente, nem se pode dizer que o prolongamento foi na direcção da sede do nosso concelho.
O PDM precisava de levar uma volta de ponta a ponta. Coisa que poucos sabem mexer-lhe.