VAMOS VOLTAR À AUTO- CONSTRUÇÃO CLANDESTINA, como nos idos de 1960...
ESTE PAÍS - com tão baixos salários - NÃO PODE SUSTENTAR BUROCRATAS PARASITAS...
A PRESSÃO SOCIAL VAI FAZER-SE SENTIR...
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Desde 1974, o preço dos terrenos para construção subiram 300 vezes mais. Surpreendentemente, o preço nas habitações onde o custo do terreno por fogo chegou aos 50 % do preço final da habitação, as mesmas habitações só aumentaram 100 vezes mais, desde 1974.
Isto quer dizer que os especuladores têm usado os PDM e a pesada burocracia municipal e do Estado, que leva dez e doze anos a licenciar uma urbanização para fazer subir principalmente, os preços dos terrenos. É aí que reside a especulação. Porque terrenos legalizados há cada vez menos e estão quase sempre nas mãos dos mesmos grupos de poderosos, que estabelecem os preços sem concorrência de mais ninguém.
BASTAVA O ESTADO E AS CÂMARAS LANÇAREM PARA A RUA UMAS CENTENAS DE LOTES APROVADOS EM TERRENOS DO ESTADO OU MUNICIPAIS A CUSTO SIMBÓLICO para os especuladores desaparecerem...
Agora com as dificuldades dos bancos em obterem crédito lá fora e com os empregos precários, não há facilidade de crédito. Isto pode fazer regredir o país para os tempos das construções clandestinas.
Quem perder a casa para o banco, não lhe resta muitas outras soluções. A urbanização pode voltar a ser um luxo demasiado incomportável para as bolsas dos mais mal pagos, como sucedeu nos anos 60. O mercado do arreendamento é fantasia inacessível às classes mais pobres.
E essa obsessão por projectos e mais projectos só para uma simples habitação começa a ficar fora das posses das pessoas trabalhadoras. Os projectos com tantas exigências formais acabam por ser em muitos casos, meras exigências burocráticas para "engordarem" arquitectos parasitas que facturam a seu belo prazer em regime de monopólio e em lobbies com outros arquitectos sediados nas autarquias. São esses grupos de traficância que monopolizam o negócio imobiliário. Um cartel de verdadeiras "máfias" surgem por essas câmaras e ninguém consegue escapar-lhes...
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Ainda ninguém quer acreditar que este país não é sustentável no grau de exigências burocráticas. Fazer uma casa pode ter um projecto tipo. E com mais duas ou três adendas ppor escrito, no projecto bastará dizer a área da implantação e descrever quantos quartos tem e quantas w.c e varandas. Nem precisavam de ser desenhadas. Apenas a menção à área...
É que os portugueses não são suficientemente ricos para pagarem aos projectistas milionários que corronpem muitas autarquias...
- QUE QUEREM É A VIDA!