Embora por outros caminhos mais sofisticados e cínicos do que aconteceu ao desgraçado selecionador da Coreia do Norte agora obrigado a trabalhos forçados, quando toda a equipa sofreu admoestações verbais e castigos, à excepção da estrela da equipa, que se terá emocionado durante a transmissão do hino norte coreano, o que se está a passar com Carlos Queiroz é de lamentar a todos os títulos.
O interessado nunca foi ouvido no processo. O Secretário de Estado fala de mais. O presidente da Federação tenta confundir o despedimento com uma proposta de rescisão, oferecendo metade do valor.
Não estando ainda ao nível da Coreia do Norte, convirá dizer-se, que não é por falta de posturas bem grotescas.
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Agora custa a acreditar como foi possível que um incidente ocorrido quinze dias antes do Mundial, tenham sido mantido numa paz podre, marinando numa cadeia de silêncios comprometedores e perversos, enquanto continuou a decorrer a preparação da nossa selecção, diante de um Secretário de Estado, já conhecedor da gravidade que agora fingiu ter descoberto pela primeira vez e de um corpo federativo impávido e sereno. E de um momento para o outro, saltem todos a condenarem o isolado selecionador?!