As críticas prosseguem entre produtores: "Se isto fosse para a frente, o Estado seria o primeiro a ser expropriado", disse ao i Pedro Serra Ramos, da direcção da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente. (ANEFA).
"Não há um concurso público para limpeza da mata do Estado há quatro anos", garante o dirigente.
"O Estado é o pior proprietário que existe. Não faz qualquer sentido pensar que teria capacidade financeira para resolver tudo."
Mas o dossiê floresta pode tornar-se ainda mais pesado, garantem os produtores. "Com a falta de plantação, as pragas e os incêndios, temos a floresta a caminhar para o abismo", segundo a ANEFA, o país está perto de atingir um défice em madeira, com a produção de eucalipto a servir de exemplo. "Produzimos 4,6 milhões de metros cúbicos por ano e estamos a consumir sete milhões, com árvores que ainda não estão na idade de abate.
" Se começar a faltar, ir buscá-la a Espanha ou à América Latina pode ser 2,5 vezes mais caro, além de poder não existir em quantidade suficiente para as necessidades...