Carlos Queiroz não tem mais na sua retaguarda, um chefe como Sir Alexis Ferguson. Tem Madaíl e Amândio de Carvalho e na "sombra" um Secretário de Estado dos Desportos, que já prometeu mais declarações polémicas, seja qual for o resultado da sentença, o que diz bem do seu perfil desportista.
Longe vão os tempos, em que "a FPF tinha o prazer de anunciar que o professor Carlos Queiroz é o novo seleccionador nacional". «Gilberto Madaíl e Carlos Queiroz concretizaram o desejo mútuo de que o técnico português voltasse a trabalhar na FPF», acrescentando que o ex-técnico adjunto do Manchester United assume o comando da "selecção nacional e todas as outras selecções jovens».
«O professor Carlos Queiroz é, indiscutivelmente, uma referência de topo entre os técnicos portugueses e foi a minha primeira opção para ocupar o cargo de seleccionador nacional», declarou Gilberto Madaíl no comunicado.
«O professor Carlos Queiroz é, indiscutivelmente, uma referência de topo entre os técnicos portugueses e foi a minha primeira opção para ocupar o cargo de seleccionador nacional», declarou Gilberto Madaíl no comunicado.
A "suspensão" do selecionador para precisamente, no mês em que a selecção vai ter os dois primeiros jogos de apuramento para o Europeu define todo um país virado do avesso. E os milhões de euros em jogo em contratos, em despesas e em receitas é como se não existissem.
A "rescisão" pelo insulto ao médico, que chegou a estar na calha, foi outra aberração. Aqui, a haver sanção, só com multa pecuniária. Afastar por um mês o seleccionador dos trabalhos da selecção é uma irresponsabilidade federativa que só mancha o país. Simplesmente ridículo!
Quanto é que nos pode custar essa leviandade?
E quanta perversidade não poderá advir como consequência de tudo isso?
Imagine-se toda a especulação jornalística e política ( Laurentino Dias, à cabeça), se a selecção saísse triunfante e plena de sucesso, tendo Agostinho Oliveira, como técnico nestes dois jogos de Setembro. Resultaria no "linchamento" de Carlos Queiroz, numa forma que nos colocaria logo atrás da Coreia do Norte.
Se pelo contrário, a nossa selecção acabasse humilhada nesses dois encontros, o que é que restaria da nossa estrutura futebolística e do bom nome do país e do seu "ranking"?
A situação económica e social do país permite estes disparates em catadupa?
E o que espanta - e nos faz antever o pior - é esta ligeireza e esta impunidade que se faz sentir no chamado "normal funcionamento das instituições"...
É caso para questionar com perplexidade: e se esse "funcionamento" não fosse normal?!