O Moleiro de Potsdam, no séc. XVIII, conseguiu ser mais íntegro e inteligente que a Administração Municipal e as cabeças bem pensantes que percorriam o corredor do poder, entre a Barão da Batalha e o Largo Raimundo Soares em 1951.
Frederico II (Berlim, 24 de Janeiro de 1712 – Potsdam, 17 de Agosto de 1781) foi o terceiro rei na Prússia, entre 1740 e 1781. Recebeu os cognomes de "o Grande" ou "o Único". Considerado um exemplo de déspota esclarecido.
«Os que conhecem Potsdam, na Alemanha, saberão de uma história real, geralmente contada para ilustrar o significado do Estado de Direito ou “rule of law”.
Nenhum político está acima da lei. Os juízes encontram-se numa posição de independência em relação ao poder político. São titulares de um órgão de soberania. O juiz pode anular uma decisão de um político, se a mesma tiver violado a lei.Nos idos do século XVIII, Frederico, o Grande, tinha mandado construir um palácio novo, em Potsdam, denominado Sans Souci.Acontece que um moinho obstruía a vista, impedindo o rei de apreciar a paisagem, na sua totalidade.Acutalmente, ainda ali se mantêm as duas edificações: a grandiosa mansão e o pequeno moinho. São verdadeiros ex libris da cidade. Isto apesar dos esforços que o soberano desenvolveu para que o histórico moinho fosse exterminado.O monarca enviou emissários, com a finalidade de comprar o moinho ao seu proprietário, com vista a uma demolição.O moleiro mostrou-se renitente. Mesmo perante ofertas avultadas, recusou a transacção.
Posteriormente, o Rei, em pessoa, tentou demover o moleiro. Propôs pagar ainda mais dinheiro ou, em alternativa, mandar construir nas proximidades, um outro moinho, mais moderno e amplo.
A resposta permaneceu negativa:
- Alteza, desde há muito, o moinho pertence à minha família. Tenho o suficiente para viver e não há dinheiro que me leve a desfazer-me dele.Frederico, o Grande, procurou apelar a argumentos mais poderosos:
- Meu Velho Moleiro, é escusado declinar a minha oferta. Você sabe perfeitamente que eu sou o Rei Todo-Poderoso. Se eu quiser, ordeno o desmantelamento do moinho. Você fica sem ele e sem dinheiro.
O homenzinho não se conformou e respondeu à letra:
- Permita-me discordar, Alteza. Enquanto houver juízes em Berlim, isso não será possível.»
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Os problemas do Norte do concelho, ao contrário do que as elites perdulárias locais pensam ou tentam escamotear, vão muito além das margens da grande Albufeira. A cidade de Abrantes precisava de uma ponte que a fizesse chegar em menos de 21 km ao coração da cidade de Tomar - à rota do Turismo Religioso vindo de Fátima - e essa via só é possível pela Serra de Tomar, Foz do Souto, Vale da Cerejeira, Paúl e São Lourenço.
Não vale a pena virem outros papagaios negarem esta evidência.