Deixando aos contabilistas em serviço na Raimundo Soares todo o poder discricionário para apontarem os votos certos da cidade, enquanto os votos das freguesias rurais já deixaram de representar com dignidade a cidadania democrática do poder local, para passarem a ser "moeda de troca", por um posto médico, se possível com médico, um centro de dia, um quilómetro de alcatrão, um abrigo da carreira, umas valetas a desviar as águas, uma escola fechada para dar a uma associação amiga e nada mais.
Se uma terra perde população ou não regressam mais os que por lá ainda têm casa, isso é uma questão que por muito estranha que pareça, nunca será motivo para fazer reunir as forças autárquicas com as forças vivas ou moribundas da terra.
Bem pelo contrário. Tomara que ninguém dê conta de nada. Calem-se por favor...
Onde é que já se viu isso?!
O poder autárquico municipal a querer minorar os efeitos da desertificação, pedindo "ajuda" e "empenho" aos filhos da terra, aos "homens bons" do concelho de que tanto falava Alexandre Herculano, vendo nisso a matriz romano-visigótica, nunca irá acontecer por Abrantes. Nem no "curto prazo" da proposta fantasiosa do PSD de Abrantes.
A irresponsabilidade política do inexperiente PS e do delirante PSD é de bradar aos céus.
E diante da teoria de Herculano, vê-se claramente, como o livro da História dos socialistas e dos sociais-democratas não tinham essa folha. E se tinha rasgaram-na...