ESTA POLÍTICA MUNICIPAL de "DAR" UM EDIFÍCIO como a antiga sede dos SMA para "servir" a UNIVERSIDADE da TERCEIRA IDADE, não está correcta, nem assenta em pressupostos de EQUIDADE e RECIPROCIDADE.
Repare-se: ali foi antigamente uma ESCOLA PRIMÁRIA!
Pensaram nas crianças?
ENVERGONHA OS ABRANTINOS!
Estão lá 170 alunos idosos e ninguém parece preocupar-se com os restantes idosos do concelho [ talvez mais de 15 MIL?!], muitos deles, nem sonham que possa haver uma Universidade ou que a mesma também os podia acolher.
MAIS: Esses 170 alunos vão lá aprender várias actividades artísticas e culturais, sem que lhes seja pedida alguma retribuição em prol da partilha dos seus próprios conhecimentos de inegável valia cultural e artesanal com especial focagem na etnografia e etografia, indo mais além, num trabalho aprofundado de pesquisa e em paralelo permitir a transmissão desse valioso património imaterial às gerações mais novas, pois não se pode aceitar que toda essa riqueza cultural possa ficar hermética numa redoma restritiva e elitista.
Tragam lá as crianças para actividades de "partilha de saberes locais"!!!
Não CUSTA NADA!
A NOTA do site municipal é deveras lastimável quando reproduz estes dados:
«Foi de sorrisos rasgados,(...) que os alunos da Universidade da Terceira Idade (UTIA) assistiram à cerimónia de abertura das suas novas instalações no dia 17 de Dezembro, às 11horas, na Rua Actor Taborda (antigas instalações dos Serviços Municipalizados).
Depois de aberta a porta com o desprender de uma fita branca, reconhecida pela sua simbologia de paz (...) fez uma visita guiada às novas instalações no edifício que teve as suas origens numa escola primária.
Depois da visita à exposição dos trabalhos feitos ao longo dos anos pelos alunos da UTIA(...)
A directora da UTIA fez também os seus agradecimentos (...)uma vez que lhes permite combater a solidão, para além de se ensinar e aprender naquela escola áreas tão diferentes como as línguas, história, artes plásticas, música, dança e movimento, matemática, poesia, cidadania e também “o optimismo”.
A Presidente da Câmara Municipal, Maria do Céu Albuquerque, encerrou a cerimónia com a referência ao papel determinante que a UTIA tem tido nas “novas formas de vivência das famílias na nossa sociedade”, ajudando a que o envelhecimento possa ser feito com qualidade e respeito pelos mais velhos.
E (...) lançou o repto aos homens que se queiram integrar na comunidade da UTIA, reconhecendo que havendo ”muito mais alunas que homens, temos que criar condições para abrir a mentalidade dos homens para virem a esta casa também”.
Recorde-se que a UTIA, actualmente com 127 alunos, foi fundada em Abrantes em Maio de 1998.»