A postura arrogante da autarca em questão não é tolerável para com um conselheiro municipal, que no decorrer dessa mesma reunião iria ver posta em discussão e votação a sua proposta pessoal para a "Criação de um Posto de Bombeiros no Norte do concelho".
Mais: tal agressividade, para além da falta de respeito que encerrava, também era a todos os títulos censurável, podendo ser interpretada como uma forma de criar um ambiente hostil que diminuisse os argumentos de defesa da proposta pelo próprio proponente e inviabilizasse de todo, qualquer possibilidade de adesão à proposta por parte de outros conselheiros.
Com efeito, um abrantino com passado autárquico e associativo de mais de 40 anos na vida local e que para estar presente à reunião teve que fazer uma viagem de mais de 300 kms de ida e volta, e que fez chegar mais uma vez, à Ordem dos Trabalhos, um novo assunto para discussão, não podia ser insultado daquela forma.
Esclareça-se que a autarca municipal poderia ter antecipadamente discutido com o proponente, por email ou telefonicamente, alguns dos assuntos à volta do tema, até para dar outro alento a certas propostas que nunca saem da cabeça dos nossos municípes. Todavia, nunca o fez. E esse facto também não abona nada a favor de uma autarca que ao contrário de quase todos os conselheiros presentes, estava a auferir o seu ordenado.
É por estas e por outras...