Pelo rumo que as coisas vão tomando por Abrantes, talvez que, alguém venha a escrever num cartão os dizeres da mensagem recebida no telemóvel do vereador que não vota ao lado da maioria socialista, como o próprio Santana Maia divulgou ao "Nova Aaliança":
« DEMITA-SE de VEREADOR porque estamos fartos da sua prepotência...» e mais todo um chorrilho de impropérios cujo estilo comecei a conhecer a partir de 2002, quando li as duas cartas publicadas nesse mesmo "Nova Aliança" assinadas por dois vereadores socialistas, mas cujo teor denunciava o autor e inspirador de ambas, mal eu havia completado uma breve passagem de dois meses pelo lugar de vereador substituto, da lista PSD.
Só que a primeira grande surpresa ainda estava para vir. Nas reuniões quinzenais da concelhia PSD, onde eu tinha assento como vogal, ao lado das conhecidas figuras do PSD e até do actual vereador dos "independentes" - esse mesmo "independente" de 2009! - ninguém quis comentar o assunto.
Esperava uma qualquer manifestação de solidariedade. Nada!
Para a concelhia do PSD de então, não constituiu nenhuma afronta o facto de dois vereadores socialistas terem estado a meu lado nas sessões, sem nada dizerem, para depois mal eu saí de vereador logo me atacarem publicamente. O PSD ficou mudo!
O presidente da concelhia de então, como se de nada soubesse, lá consentiu em pegar nos dois números do quinzenário "Nova Alainça", que trazia comigo, para ler na diagonal, o que dizia desconhecer até então.
Como é que um presidente da concelhia PSD pôde ter passado sem ler dois números seguidos do "Nova Aliança" - 15 e 30 de Setembro de 2002 - onde vinham as duas cartas dos vereadores do PS, a atacarem e a caluniarem o vereador do seu partido?!
Mais: na reunião da Assembleia Municipal que se realizou a 30 de Setembro, já com as duas cartas publicadas, o líder da bancada ainda teve o descaramento de à minha frente, no átrio do edifício da ESTA, fazer uma "grande festa" a um desses vereadores socialistas e declarando mais ou menos isto: "meu caro vereador, nós (PSD) na próxima vez vamos ter que contar consigo nas nossas listas, como o grande homem das obras municipais..."
E já na Assembleia, quando se esperaria do líder da bancada um protesto pelo conteúdo insultuoso dos vereadores do PS contra o vereador substituto do PSD, nada se ouviu desse líder, que era o presidente concelhio. E do vice-líder da bancada PSD, hoje veredaor "independente" também nada disse.
O teor daquela mensagem que Santana Maia atribui a alguém que já sabia da retirada da confiança política do PSD ao vereador que mais atacava as posições erráticas da maioria PS na câmara, não causa alguma surpresa para quem sabia desde 2002, o que a casa gastava.
Fico muito feliz e reconhecido a Deus e a Nª Srª do Tôjo, por ter tido a felicidade de não ser eleito vereador neste actual mandato. Só tenho que dar Graças a Deus!