Pacheco Pereira no Público de ontem já citado no blog "Rexistir" escreveu a dado passo:
«Alguém me pode explicar como é que se "emagrece" o Estado (estamos na época das metáforas orgânicas) sem despedimentos na função pública? Alguém me explica como é que se extinguem centenas de organismos, institutos, empresas públicas nacionais e municipais sem se saber para onde é que vão as dezenas de milhares de pessoas que nelas trabalham? Ou será que se pensa que só há cargos de direcção e administração nesses organismos e não há contínuos, secretárias, pessoal auxiliar, técnicos, motoristas, pessoal de manutenção, etc.? Vai-se alimentar o desemprego ou o subemprego?»
Pacheco Pereira está a ser intelectualmente desonesto!
Recusa-se a admitir uma questão óbvia: o país tem uma máquina administrativa, o "caldo do Estado" a que aludia Eça de Queirós, como reproduzia o mesmo blog "Rexistir" no post de ontem.
Um país que está a cortar os subsídios de desemprego a 700 mil desempregados, ( que serão 900 mil daqui a um ano) até ao limite de os deixar abandonados sem alternativa de sustento ou de difícil alternativa de emprego, não pode cortar a uns o que depois se presta a dar em dobro ou em triplo aos outros.
E quem são os outros?
São os que nos "obrigam" a manter empregos vitalícios, porque num dado momento da vida deles entraram numa repartição pública e nunca mais de lá saíram, obtendo ainda a garantia de por cada ano passado isso representava um passo em frente, na promoção da carreira!
São os que continuam a obrigar a pagar impostos elevados para lhes "sustentar" e garantir perpetuamente o lugar de emprego, a quem se limita a ocupar lugares nem sempre necessários e que ainda recebe ou faz causar despesa de remuneração e de instalação e manutençaõ de serviços, fora outros custos em apoios logísticos e sociais, directos ou indirectos, que depois de tudo muito bem somado - situação que ninguém está muito interessado em escrutinar de verdade! - representa em média, mais do dobro do que os desempregados irão receber como subsídio e que apenas lhes é garantido nesse ano e meio de validade do dito subsídio de desemprego, agora com uma curta duração, segundo a imposição da troika.
Recusa-se a admitir uma questão óbvia: o país tem uma máquina administrativa, o "caldo do Estado" a que aludia Eça de Queirós, como reproduzia o mesmo blog "Rexistir" no post de ontem.
Um país que está a cortar os subsídios de desemprego a 700 mil desempregados, ( que serão 900 mil daqui a um ano) até ao limite de os deixar abandonados sem alternativa de sustento ou de difícil alternativa de emprego, não pode cortar a uns o que depois se presta a dar em dobro ou em triplo aos outros.
E quem são os outros?
São os que nos "obrigam" a manter empregos vitalícios, porque num dado momento da vida deles entraram numa repartição pública e nunca mais de lá saíram, obtendo ainda a garantia de por cada ano passado isso representava um passo em frente, na promoção da carreira!
São os que continuam a obrigar a pagar impostos elevados para lhes "sustentar" e garantir perpetuamente o lugar de emprego, a quem se limita a ocupar lugares nem sempre necessários e que ainda recebe ou faz causar despesa de remuneração e de instalação e manutençaõ de serviços, fora outros custos em apoios logísticos e sociais, directos ou indirectos, que depois de tudo muito bem somado - situação que ninguém está muito interessado em escrutinar de verdade! - representa em média, mais do dobro do que os desempregados irão receber como subsídio e que apenas lhes é garantido nesse ano e meio de validade do dito subsídio de desemprego, agora com uma curta duração, segundo a imposição da troika.
Para Pacheco Pereira isso não parece contar para nada.
Claro que estas coisas levar-nos-iam muito mais longe. Mas olhando apenas para alguns dados revelados pelo "Desmitos" do ecomista Álvaro Santos Pereira temos entre os 522.925 funcionários da Administração Central - a administração local ficou ainda de fora, e não são tão poucos quanto isso.
Na Saúde, 19.973 médicos e 28.483 enfermeiros, pagos directamente pela Administração Central.
Alguma câmara municipal alguma vez se prontificou ( tirando Mértola e Almodôvar e mais uma ou outra que me escapa de momento) a pagar a xis médicos ou a xis enfermeiros, prescindindo os autarcas municipais de cinco assessores para os presidentes de câmara, mais não sei quantas despesas sumptuárias?
Enquanto, os nossos dez milhões de cidadãos só dispõem de 19.973 médicos umas dezenas de milhares de alunos universitários têm ao seu "serviço" 21.016 Docentes de Unidades Universitárias e de Polictécnicos. É isto queSócrates nos deu à conta do tão apregoado Estado Social e do corte no "despesismo" na Saúde?!
A saúde de dez milhões de portugueses não pesa tanto como a necessidade de um corpo docente universitário público, superior ao número de médicos de todo o SNS?
E quanto à Justiça, temos 3.484 Magistrados e 13.856 funcionários da Justiça. Já quanto às Forças de Segurança, o número fica-se pelos 53.449.
Nada obsta a que um dia destes não tenhamos que discutir tudo isto. Mas nunca continuar a alimentar esta máquina administrativa sem equacionar as posses dos dez milhões que têm que pagar esta pesada máquina administrativa...
Felizmente, contra Pachecos Pereira, os nossos credores da troika já fixaram as metas. Ou aceitam ou ficam sem salários no final do mês...
Na Saúde, 19.973 médicos e 28.483 enfermeiros, pagos directamente pela Administração Central.
Alguma câmara municipal alguma vez se prontificou ( tirando Mértola e Almodôvar e mais uma ou outra que me escapa de momento) a pagar a xis médicos ou a xis enfermeiros, prescindindo os autarcas municipais de cinco assessores para os presidentes de câmara, mais não sei quantas despesas sumptuárias?
Enquanto, os nossos dez milhões de cidadãos só dispõem de 19.973 médicos umas dezenas de milhares de alunos universitários têm ao seu "serviço" 21.016 Docentes de Unidades Universitárias e de Polictécnicos. É isto queSócrates nos deu à conta do tão apregoado Estado Social e do corte no "despesismo" na Saúde?!
A saúde de dez milhões de portugueses não pesa tanto como a necessidade de um corpo docente universitário público, superior ao número de médicos de todo o SNS?
E quanto à Justiça, temos 3.484 Magistrados e 13.856 funcionários da Justiça. Já quanto às Forças de Segurança, o número fica-se pelos 53.449.
Nada obsta a que um dia destes não tenhamos que discutir tudo isto. Mas nunca continuar a alimentar esta máquina administrativa sem equacionar as posses dos dez milhões que têm que pagar esta pesada máquina administrativa...
Felizmente, contra Pachecos Pereira, os nossos credores da troika já fixaram as metas. Ou aceitam ou ficam sem salários no final do mês...
