O Dr. Santana Maia, a quem eu tenho que agradecer o voto de apoio à minha proposta para a instalação de um Posto de Bombeiros no Norte do Concelho, está a ver fantasmas onde não os há.
E convirá, que andou mal nesta sua cartada contra mim, pois a esta hora, os seus "inimigos" no PSD, os tais "donos do PSD" como lhes chamou - e eu corroboro com essa sua afirmação! - não mereciam respirar de alívio por ver o seu desmentido, por de mais despropositado.
Ao contrário do que escreveu, eu "acredito no que estes dois olhos que a terra do Souto me há-de comer" viram!
Eu li esses documentos. E li uma carta de 26 de Maio de 2009 com o timbre do seu escritório e assinada por uma advogada do seu escritório, a pedir várias certificações à CMA e a solicitar outras respostas que tinham a ver com factos que estavam directamente ligados com as acusações do auto com timbre da PJ, que foi endereçado a Nelson de Carvalho, em 8 de Janeiro de 2009.
Como há-de reparar, quando ler melhor o que escrevi no meu blog, eu nunca afirmei que partiu de si qualquer instrução ao processo. Nem tal poderia ser dito por mim, pois sei que a PJ não anda a seu mando, nem podia andar. E na altura desse auto da autoria exclusiva da PJ, o advogado desse seu cliente era outro.
O que disse é que as solicitações e certificações contidas nessa carta tinham a ver com parte dos quesitos contidos no auto da notificação da PJ.
Não se trata ou não de acreditar em histórias. Trata-se de acreditei no que os meus olhos leram e os meus ouvidos escutaram do seu próprio cliente, que me deu a ler esses documentos, na semana antes das eleições de 11 de Outubro de 2009.
Espero que isso o esclareça de vez!
Quanto à conversa havida no seu escritório com o Dr. Joaquim Ribeiro ( que foi presidente concelhio de 2005 a 2007 e me convidou em 2005 para ser candidato à Câmara pelo CDS, nesse ano de 2005, e que passou a ser o vice-presidente do CDS desde 17 de Março de 2007, já na direcção concelhia presidida por mim) e com o Sr. Eduardo Margarido, só sei o que o senhor desmentiu, mas que tudo o que eu disse, por sinal, até coincidiu com tudo o que foi relatado, tanto por Joaquim Ribeiro, como por Eduardo Margarido.
Portanto, o Dr. Santana Maia não tem que me desmentir a mim, mas sim, confrontar essas duas testemunhas que consigo dialogaram. E pelo menos, quanto ao diálogo travado consigo, não parece haver dúvidas que o mesmo existiu. E não parece verosímil que o mesmo pudesse falar de assuntos muito fora do que até o Dr. Santana Maia, não só deu como provados, como até acabou por elogiar na postura e nos procedimentos desses dois senhores.
E isso, é que não lhe ficou nada bem a si, tê-lo dito, nos termos em que o disse e que com eles corroborou.
«João Batista Pico volta neste seu post a insistir numa versão do meu encontro, no dia 18 de Junho de 2009, pelas 18H, no meu escritório, com o Dr. Joaquim Ribeiro e o senhor Eduardo Margarido que não corresponde à verdade.
Não sei como a história lhe foi contada e quem lha contou mas a história está mal contada, pelo menos, do meu lado.»Pelo que acabo de ler, é o Dr. Santana Maia quem corrobora comigo, ao desdizer-se a si próprio, de que " a história está mal contada, pelo menos do meu ["seu"] lado.»
Foi isso que escreveu!
E insiste o Dr. Santana Maia, na sua versão:
«Recebi um telefonema do Dr. Joaquim Ribeiro solicitando-me para o receber.
Pode parecer estranho, mas, na altura, não conhecia o Dr. Joaquim Ribeiro pelo que me limitei a marcar uma hora para o receber como faço com qualquer pessoa que tal me solicita.
O Dr. Joaquim Ribeiro apareceu acompanhado do senhor Eduardo Margarido.»Mais uma vez, quem está a contar a história e com todo o pormenor é o próprio Dr. Santana Maia. Mas esqueceu-se de dois pormenores que o denunciam, a saber:
Confirmou que recebeu uma chamada do próprio Joaquim Ribeiro a solicitar que o recebesse. Logo, não foi a secretária ou recepcionista do escritório a marcar na agenda. Foi o próprio advogado, que não podia deixar de perguntar a razão dessa marcação de entrevista, como o fazem todos os advogados, pelo menos quando são os próprios a receberem o pedido de audiência feito directamente pelos clientes.
Mas o Dr. Santana Maia disse que não conhecia o Dr. Joaquim Ribeiro. Ora tal não é verdade, porque uma ano antes, ainda não se falava, nem se suspeitava que fosse o Dr. Santana Maia o candidato do PSD, que o Dr. Joaquim Ribeiro foi interpelado pelo Dr. Santana Maia numa reunião ligada à "Associação Comercial", dizendo-se muito apreciador dos escritos do presidente do CDS, João Pico, para além de outras conversas de política local, que teve com Joaquim Ribeiro, o que mostra como o identificava e bem com o CDS. Eu sei e lembro-me bem desse pormenor, porque tal observação foi entendida na concelhia do CDS, quiçá, como indiciadora de alguma receptividade a um convite do CDS, para integrar a lista para a Assembleia Municipal.
Mas onde a história parece mesmo muito mal contada é neste pormenor dito pelo Dr. Santana Maia:
«Informaram-me que eram do CDS, que consideravam vantajoso CDS e PSD fazerem uma coligação eleitoral, mas, como já estava tudo muito adiantado, queriam saber se eu estaria disponível para considerar essa possibilidade, antes de a proporem no seu partido e ao seu candidato João Pico.
A atitude de ambos pareceu-me correcta, uma vez que pretendiam apenas saber a minha disponibilidade, antes de proporem essa solução no seu partido e ao seu candidato.»
"Expulsando-o de cabeça de lista"!
Pois nem precisei de expulsá-lo, mas tão somente de lhe lembrar que a atitude que eles tinham tomado de deslealdade contra os cerca de 90 candidatos já conhecidos na ocasião, não lhes dava outra saída.
É que, a haver uma coligação implicava o afastamento de muitos desses candidatos, senão de quase todos, o que não era nada elegante fazê-lo depois dos convites feitos e aceites.Faltava a última pérola de incoerência da parte do Dr. Santana Maia. Ela aí está, quando diz isto:
«Quanto a mim, limitei-me a comunicar-lhes que, apesar de ser favorável à coligação PSD e CDS, em virtude de me reconhecer neste espaço ideológico, naquele momento, relativamente à lista da Câmara, tal já era impossível, uma vez que a lista tinha sido publicamente apresentada no dia 12 de Junho e quem me conhece sabe que, tendo assumido a liderança daquela lista, já não havia espaço de manobra para mudança de candidatos.»
Bonita tese, Dr. Santana Maia. Que magnânimo! Com que então, o Sr. Dr. na sua lista à Câmara já não abria mão de nada, porque fora apresentada em 12 de Junho. Mas a lista do CDS à Câmara apresentada muito antes da sua, em 13 de Fevereiro, com a presença do Dr. Paulo Portas, essa até se podia rasgar e derrubar, nas costas do próprio cabeça de lista João Pico.
Como vê, eu tenho só uma cara e uma só palavra. Lamento pelo que o senhor fez. E agora voltou nessa sua reincidência. Simplesmente deplorável...
«Não tem, pois, João Batista Pico qualquer razão quando afirma que eu «nunca deveria ter aceitado falar com os dois "emissários" do CDS, que foram naquela noite ao meu escritório. E, no limite, se os recebesse, deveria ser com o firme propósito de combinar um encontro pessoal, entre nós dois.».
Enganou-se, Dr. Santana. Enganou-se redondamente! A RAZÃO é toda MINHA!
E se fosse, não lhe cabia a si vir querer provar o inverso.
E se fosse, não lhe cabia a si vir querer provar o inverso.
O que o Dr. Santana com esta sua conversa acabou de fazer, mais não foi do ratificar edar cobertura à vergonhosa cabala urdida pela sua concelhia, quando retirou, - nos pressupostos tornados públicos - a confiança política ao vereador Santana Maia!
Como vê, eu tenho só uma cara e uma só palavra. Lamento pelo que o senhor fez. E agora voltou nessa sua reincidência. Simplesmente deplorável...
E lá volta a insistir na sua sentença:
Então o Dr. Santana Maia acha correcto que tenham ido ao seu escritório, um vice-presidente e um cabeça de lista à Assembleia Municipal, propor o que antes nunca haviam proposto no seio do CDS e sem o conhecimento do presidente da Concelhia do CDS?!
Então Dr. Santana Maia, não foi o senhor quem se insurgiu contra a presidente da concelhia PSD e dos militantes e mesa da Assembleia dos militantes, por terem "tomado a iniciativa" de aprovarem, nas suas costas, embora que ainda em sede de reunião magna a "perda da confiança em si, como vereador"?
O Dr. Santana aprova a uns, o que depois já não aceita para si?