Será mesmo só, o arquitecto Duarte Castelo Branco,
e mais ninguém em Abrantes, nem mesmo a CMA?!
Há tempos um historiador local, afecto ao blog "Amigos por Abrantes" apontava este projecto do séc. XVII, como a ilustração mais antiga de que havia memória sobre o Convento de S. Domingos.
E essa gravura pretendia refutar as obras que o arquitecto Carrilho da Graça se propunha fazer ao lado do dito convento e que ao contrário do que vem apregoando esse historiador e demais assinantes da petição contra a Torre do MIAA, em nada beliscava o edificado impresso nesta mesma gravura.
Claro, que a petição perderia toda a razão de ser, se não lhe apimentassem a aldrabice dos peticionários, de que a obra de Carrilho acarretava a "DEMOLIÇÃO do REAL CONVENTO" - vejam bem o atrevimento dos trapaceiros.
Todavia, para além do "frete" patrocinado pelo filho do arquitecto Duarte Castelo Branco numa recente entrevista ao Diabo, em que se deixava manipular por interesses estranhos e adversos aos interesses do concelho de Abrantes - o director do Museu Nacional de Arqueologia, que espera apoios comunitários para refazer uma obra na velha Cordoaria, na Junqueira-Belém, não será certamente, por razões demasiado óbvias, a pessoa mais entusiasmada com a hipotética criação de um museu em Abrantes. Ninguém aprecia a concorrência naqueles moldes e ainda por cima em tempos de crise.
Toda a gente percebe essa evidência. Mas os peticionários anti-MIAA não estão mais pelos ajustes. E têm usado outra forma de contestação, que passa pela não atribuição a outro arquitecto, da obra entregue efectivamente, a Carrilho da Graça. Sucede que a atribuição do Prémio Pessoa em 2008 a Carrilho da Graça veio colocar esse arquitecto na linha de prestígio de outros dois arquitectos famosos, seus antecessores na recepção desse mesmo Prémio Pessoa: Siza Vieira e Souto Moura.
Depois deste prémio, todas as alegadas suspeições desse convite a Carrilho da Graça caíram por terra. E o que era - e foi inicialmente! - mau negócio, pelo exagero do preço de então, já não podia depois da atribuição do Prémio Pessoa pautar-se pela mesma bitola. São as leis do mercado a funcionarem. Sorte para os autarcas do PS de então.
Porém, o pior estava para vir. Soubemos agora, que afinal não era bem a discussão pública que os cabecilhas da petição exigiam. Esse foi apenas um ardil, para arrigimentarem muitos ao caminho do logro, com a dita petição.
Também não era o concurso público, que em abono da verdade, os peticionários nunca lograram comprovar de que havendo concurso público, outro qualquer arquitecto de renome faria essa mesma obra por muito menos dinheiro. Não isso nunco provaram, apesar de já os ter desafiado a dizerem por quanto se fazia o projecto, noutro atelier, inclusivé com o americano Sr. Rawes.
Claro que ninguém pensava em poupar dinheiro ao erário público. O que agora se veio provar foi outra coisa bem diferente, mostrada pelo cair da máscara dos autores do blog Amigos por Abrantes. Afinal, no entender desses Amigos por Abrantes, só o arquitecto Duarte Castelo Branco poderia autorizar a construção da Torre de Carrilho da Graça. Não sei se têm documento subscrito por esse distinto arquitecto ou não. E lamento que tenham arrastado o nome do arquitecto Duarte Castelo Branco para este terreno.
Mas tudo lhes serve, a estes Abrantes!
Quer dizer, nem a Câmara, nem a Assembleia, nem o povo: NINGUÉM, senão o dito arquitecto poderia dar o consentimento para se fazer a Torre do Carrilho!!!
Pelas obras implantadas no Convento na década de 80/90, o aludido arquitecto teria adquirido direitos de autor, inamovíveis.
Que ricos democratas!
Só que se esqueceram de mencionar o CONCURSO PÚBLICO no qual o arquitecto Duarte Castelo Branco sustentou a sua intervenção no portal e nas janelas da fachada do Convento no final dos anos oitenta. Intervenção que meteu betão armado numa fachada apontada como do séc. XVII, esclareça-se... E que daria muito pano para mangas, se a discussão entrasse por aí...
E mesmo que tudo tivesse decorrido com todos os regulares procedimentos administrativos falta ainda comprovar, onde é que a construção da Torre de Carrilho da Graça colide com as fachadas ou o edificado desse Convento de S. Domingos, já que tudo se ergue ao lado, e bem ao lado, do topo sudoeste. Nenhuma dessas fachadas "mexidas" pelo distinto arquitecto abrantino serão alvo de intervenção de Carrilho da Graça. É tudo pura invenção desses "Amigos por Abrantes"...!!!
Esses bloguistas anónimos não podem continuar a burlar o povo de Abrantes. Percebe-se que se enfureçam como bestas, e escrevam as ordinarices que escrevem, quando vêem um Homem a enfrentá-los. Claro que marram, com todos os cornos que podem ajuntar no caminho. Marrem a vontade. A VERDADE É ESTA E NÃO ficará por dizer!
