Companheiro Paulo Portas, todas as lideranças têm um fim.

ALDEIA de MATO e SOUTO com a sua "UNIÃO" tem o caminho aberto para serem a MAIOR e MAIS PROMISSORA FREGUESIA do CONCELHO de ABRANTES. Basta saber livrar-se uns "certos jumentos" da canga autárquica...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

3.961 - AINDA O ABANDONO DAS FREGUESIAS PELO PODER MUNICIPAL

As realidades das freguesias desde o tempo do Engº Bioucas e do Dr. Humberto eram já bem diferentes do que se sentia a partir do meio do mandato de Nelson de Carvalho. E hoje, com a actual autarca municipal as freguesias são uma caricatura daquilo que julgamos que devia ser uma freguesia. Mas, já nada será como dantes. 
Todavia, todos estes autarcas têm uma coisa em comum e vista pelo lado negativo: consentiram que os laços de pertença se fossem perdendo, concentrando nos últimos residentes das freguesias a única opcção de futuro, que estava inevitavelmente, vocacionado para o fracasso.

O erro foi esse. Já era tarde de mais, quando os dois autarcas decanos se aperceberam de que o potencial de Abrantes passava por manter a chama bairrista dos que viviam fora da terra, mas ainda mantinham acesso apego à terra que os viu nascer.
Não foi uma opcção propositada a deles. Apenas se deixaram levar pela moda e pelo facilitismo, ao perceberem erradamente, que lhes bastava ter com eles os eleitores inscritos - os que lhe rendiam votos. Os tempos acabaram por fazer coincidir, esses eleitores com os próprios residentes permanentes, ficando os demais fora da "legalidade" da pertença efectiva à terra, quando eram essas elites locais quem mais podia ter travado a "desertificação" rural.
Não restam dúvidas que a vontade de partir era genuína nas terras. Só que as auto-estradas e as acessibilidades faziam-nos aproximar às terras. E essa cultura foi ignorada, à medida que esses não residentes foram perdendo o estatuto de "eleitores".  E foi aí que se gerou um retrocesso cultural e pernicioso, do ponto de vista administrativo. Quem "mandava" nas terras eram apenas os detentores do voto local.
Todavia, estes não eram senhores do seu voto. Bastava um "regedor" com cargo na freguesia e obediente à voz de comando municipal para fazer subverter o sentido de voto. Eram agora aqueles que mais dependiam da junta, do atestado e da receita médica e dos cuidados do lar ou do centro de dia, quem detinha o poder do voto, facilmente manipulado esse poder, por um "regedor" da freguesia: o obediente e partidário do poder municipal.

E FOI AQUI QUE TUDO SE ALTEROU!
As minorias que noutra circunstância nunca chegariam ao poder viram o caminho aberto à sua soberba e à atrevida mediocridade.
As elites ficaram afastadas. Mandavam os "novos regedores", que tontamente serviriam desígnios estranhos às suas próprias terras. Era fácil manipular os votos dos pobres e carenciados fregueses, geralmente idosos. Os emigrantes, os que viviam em Lisboa eram agora os "inimigos" a abater.  Os medíocres tomaram o poder em nome dos poucos residentes que sobreviviam nessas terras. 
Todas as freguesias se deixaram enfeudar ao partido dominante na sede de concelho.
O PDM restritivo, o encerramento de escolas, os incêndios florestais e até políticas como as ZIF`s foram lanças apontadas à última resistência das terras. Essas políticas de terra queimmada encontraram demasiadas facilidades para a sua implementação. As escolas ficaram sem alunos. E acrescente-se que antes dessa constatação já o PDM afastara muitos jovens pais, que queriam ter tido outra abertura para construírem a sua casa e já não a tiveram.
Faltando a envolvente humana, as terras passaram a mostrar necessariamente, outro abandono. E nova manipulação com as ZIF`s, a pretexto de melhor cuidado da floresta, que todos viram repetidamente ir ardendo sem que ninguém lhes acudisse.
Não eram os matos, por muito grandes que fossem, que acendiam o fogo, muito menos à meia-noite ou madrugada fora...
Tudo isto, só foi possível porque se perdeu um valor essencial: a cidadania participativa e séria!
Não importa mais falar em abandono das freguesias quando foram os fregueses que mais consentiram nesse abandono e se renderam depressa de mais. Quem fala nesse abandono, mais não quer que tomar o lugar dos "usurpadores" do que devia ter sido o verdadeiro poder local municipal, e manipulá-lo a seu favor, como o fazem os neocolonialistas...
A cidadania nas freguesias morreu, para já. Tudo o que se diga, em contrário, só manifesta má fé ou tentativa de esbulho.

BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT

INICIADO em 27.10.2007

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...
Equipa de futebol do Souto, c/ João Pico a capitão da equipa ( 2º em cima à esqª.)

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...

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Paulo Portas e João Pico vendo o Parque Ribeirinho...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...

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Alta tensão sobre Urbanização Municipal nas Arreciadas

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes
Nuno Pico acompanhado à guitarra por Alfredo Gomes e na viola José Mário Moura

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO  - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!
E desafiei o então presidente, Engº José Bioucas a ir à albufeira do Castelo de Bode connosco buscar água para a freguesia e para ABRANTES. Só que o Engº riu-se... E só em 2001 é que lá foram à albufeira... Tive razão antes do tempo...

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes
Retábulo da Matriz do Souto onde João Pico foi baptizado

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