Foi Francisco Assis, quem tomou a iniciativa. E deixou, desde logo, perceber-se algum incómodo nas hostes do aparelho, ao ponto de 85 dos 132 presidentes de câmara do PS, não estarem para aí virados, para já.
É certo, que antes desta ideia, já a presidente de Abrantes se assumira como mandatária distrital de Assis e Nelson de Carvalho voltava a escrever no seu blog palavras tão elogiosas sobre Assis, sendo sintomático o facto de que nunca mais Nelson encontrou forma de renovar a prosa que ali vai permanecendo há vários dias.
É certo, que antes desta ideia, já a presidente de Abrantes se assumira como mandatária distrital de Assis e Nelson de Carvalho voltava a escrever no seu blog palavras tão elogiosas sobre Assis, sendo sintomático o facto de que nunca mais Nelson encontrou forma de renovar a prosa que ali vai permanecendo há vários dias.
Convenhamos, nem Maria do Céu, nem Nelson e muito menos os 22 do Secretariado local PS poderão ter muitas simpatias, por esta surpreendente iniciativa de Assis. A tese das "primárias à americana" contraria toda a prática do jacobinismo local, onde os candidatos partiam de um núcleo duro, já em si demasiado fechado e por isso mesmo, avesso a debates.
O que separa Seguro de Assis nesta matéria pode ser muito mais do que aquilo que aparenta. As "primárias" somente entre os filiados poderiam negar e invialbilizar toda a ideia renovadora que tanto Assis como Seguro sabem ser necessária. A contenção de Seguro é uma "cedência" pessoal ao aparelho que parece estar entre a maioria dos seus apoiantes. E poderá advir daí, o desaire de Seguro, já que a hora é inegavelmente, uma hora de grandes mudanças.
As "primárias" restritas apenas a militantes acabarão por correrem o risco de ficarem reféns do aparelho. Ao invés, se houver abertura a "simpatizantes" que se queiram inscrever, haverá maior comprometimento de pessoas ditas "independentes" na escolha dos candidatos locais, o que à partida poderão negar alternativa às listas de "independentes", que sabe-se que não serem uma forma duradoira de compromisso tanto democrático como programático.
No caso em Abrantes, o líder dessa aposta de independentes fugiu e o seu advogado, logo tratou de reclamar para si a postura do "advogado do diabo". Fez o mal e a caramunha, e quando procurou redimir-se, já as assinaturas dos 2.500 peticionários se encontravam completamente desactualizadas, e, senão mesmo, inteiramente desvirtualizadas e adulteradas.
No caso em Abrantes, o líder dessa aposta de independentes fugiu e o seu advogado, logo tratou de reclamar para si a postura do "advogado do diabo". Fez o mal e a caramunha, e quando procurou redimir-se, já as assinaturas dos 2.500 peticionários se encontravam completamente desactualizadas, e, senão mesmo, inteiramente desvirtualizadas e adulteradas.
Ganhe ou não Assis, o mote está dado e não tarda mesmo nada que os aparelhos partidários e os pequenos directórios concelhios, dentro e fora do PS, no PSD e no CDS acabem mesmo por seguirem essa proposta, por força da pressão local e porque ao PSD e ao CDS convirá que encontrem na cidadania local uma lista alargada de apoiantes e simpatizantes, que possa esbater todo o desgaste da máquina partidária afecta aos partidos com assento na governação e como tal comprometidos com medidas impopulares que convirá barnquear.
Não posso estar mais de acordo com essa ideia das "eleições primárias à americana" como de resto há muito que vinha defendendo em Abrantes.
Qualquer coisa que nega a pretensa vitualidade da petição do ICA de 2009 e que não tolera mais, nem a prepotência das concelhias locais ( como no caso paradigmático do PSD). Sublinhe-se que a recente mostra de pretenso debate com os vereadores do PSD, mais não foi do que um monólogo, de quem até já perdera a confiança política do seu directório concelhio. Coisas que depois de espremidas pouco ou nada adiantaram ao concelho.