Ficámos a saber agora [em 2011] que a conduta da captação da albufeira vinda da Cabeça Gorda ainda aguarda autorização da CCDRLVT para atravessar espaço da Reserva Ecológica Nacional, não só desde 19/6/2007, mas possivelmente, desde 2001, data da atravessia da conduta junto da anterior Ponte da Abrançalha que ruiu em 2006 e esteve mais de um ano substituída por uma estrutura militar montada pela Engenharia do Exército.
Aliás, não é preciso ir muito longe nas deduções para se perceber que uma das causas atribuídas à derrocada da ponte estava na "improvisada" conduta da Cabeça Gorda, que estrangulando o leito dessa ribeira, não assegurava as dimensões mínimas recomendadas para esse mesmo leito de ribeira.
Ora esse caso danoso resultou de uma outra improvisação, a quando do projecto do trajecto da conduta desde a Cabeça Gorda até à cidade de Abrantes. Um trajecto que seguindo um percurso de 14 kms - um trajecto irregular como se dois catetos de um triângulo rectângulo se tratassse, quando através da hipotenusa teria ficado reduzido
a pouco mais de 10 kms, a verdadeira distância desde a Cabeça Gorda ao alto da Chainça, se ocorresse em linha recta seguindo a linha da estrada tantas vezes aqui falada dos tais 6 km, desde o Paúl, Vale da Cerejeira até à EN 358.
Portanto, toda a conversa apontada pelos vereadores do PSD apenas toca - e muito ao de leve - a razão principal do problema.
E aprofundando mais a questão, tudo resulta numa mentalidade de "condicionalismo industrial" à moda do Estado Novo, demasiado arreigado nas mentalidades dos burocratas "pró-socialistas" que acabaram por dominar em absoluto a administração do poder local em Abrantes.
Os mesmos burocratas que perseguiram fregueses e ameaçavam demolir um qualquer acrescento operado nas habitações dos pobres municípes apontando-lhes "democraticamente", a ignóbil sanção da prisão de um a três anos pela desobediência [ que eu "impugnei" quando fui vereador em 2003... mas que ninguém quer hoje falar disso!] , e no decurso da sua actividade burocrática acabaram por tomar decisões anacrónicas e fantasiosas.
A par dessas decisões, logo surgiram as generosas dádivas de 25 mil euros em publicidade camarária para uma rádio e um jornal mensário, na parcela de quase 10 mil euros para o mensário. Quem sabe alguma coisa de custos da imprensa escrita poderá, desde logo afirmar, que esses mesmos 10 mil euros anuais chegam e sobram para pagar a impressão gráfica dos 10/11 números anuais do mensário.
Logo, o mensário que se diz de distribuição gratuita, a cargo de uma conhecida empresa amiga de Abrantes, afinal - fazendo melhor as contas - está a ser pago nas suas edições, pelos municípes de Abrantes!
Queriam borlas? Aí as têm!