Este largo já não satisfaz as necessidades de "centro comercial e de convívio" de uma povoação do século XXI e que é a sede de uma freguesia às portas da cidade de Abrantes e a três quilómetros da interessante e assinalável Zona Industrial de Montalvo.
O mais grave é sabermos que 100 metros a sul deste largo existe um espaço enorme de zona de potencial recreio e utilidade turística, que dá pelo nome do Cais de Rio de Moinhos, mesmo à beira do grande rio Tejo, de onde outrora dependia muita da actividade económica da terra.
Quando olhamos para este imponente prédio abandonado e nas suas costas seguem-se mais umas velhas construções em ruínas, o que devia alertar desde logo, as autoridades autárquicas não era mais para a sua reconstrução, mas sim para a sua demolição de forma a rasgar o espaço do largo. E em complemento dessa aposta, romper por entre uma ou duas casas do lado sul dele largo, uma passagem ainda que pedonal por forma a abrir esse mesmo largo fechado e sombrio, em direcção ao Cais e ao rio Tejo.
Não há forma de contornar esse cerco funcional do largo de Rio de Moinhos e da própria povoação em si, que não passe por essa obra visionária.
Infelizmente, a visão tacanha de alguns agarrou-se a preconceitos inibidores e lá continuamos no limiar do séc. XXI prisioneiros deste velho atavismo, como se do "condicionalismo industrial" do Estado Novo se tratasse.
Enquanto Rio de Moinhos não se "modernizar" continuamos a ter coisas sem funcionalidade e só a "empurrar"a terra para o definhamento e o abandono dos seus habitantes. O Centro Escolar não passa de mais uma fantasia assente na insustentabilidade de uma terra fechada ao progresso e ao futuro.
Ao contrário do que se apregoa muito por aí, nem sempre a reconstrução pura e dura consegue abrir funcionalidades perdidas. É preciso cuidar das novas acessibiliades mais funcionais. Coisas que poucos querem aceitar. É pena!
Ao contrário do que se apregoa muito por aí, nem sempre a reconstrução pura e dura consegue abrir funcionalidades perdidas. É preciso cuidar das novas acessibiliades mais funcionais. Coisas que poucos querem aceitar. É pena!