E já agora acrescentem lá mais esta disparidade funcional, que obriga a mais um verão sem "Mar de Abrantes" a partir de 28 de Junho para se fazerem obras no leito do rio Tejo frente ao Rossio. SE nos lembrarmos que em 2009 houve outro verão em "doca seca" no parque ribeirinho, então é caso para admitir como pouco importante o espaço. É que, se de dois em dois anos nos damos ao luxo de passarmos o verão sem o " Mar de Abrantes", por certo, que não deve ser coisa muito necessária, pois não?!
Isto para não falarmos dessa peregrina proposta só possível em Abrantes de "transferir" o Politécnico para Alferrarede - e bem, porque é lá que ainda vamos tendo o Tecnopolo [ seja lá o que isso for ] e as actividades empresariais na Zona Industrial, coisas mais necessárias aos alunos do que os bancos de pedra da Barão da Batalha - ao mesmo tempo que se anuncia a intenção de dar aos alunos muitas casas residenciais, não ao pé da escola ESTA, mas no centro histórico.
BONITO SERVIÇO!
Quando em todo o lado se procura juntar residenciais junto dos espaços académicos, em Abrantes a ideia é outra: FANTASIAR!
E nem por um momento, alguém pensa na SEGURANÇA dos alunos "obrigados" dia e noite a circularem entre Alferrarede e o Centro Histórico, quando as condições de segurança permanecem muito bem enumeradas na estatística do Diagnóstico Local de Segurança. As questões de segurança são questões para se irem arrumando na prateleira. Tanto assim, que até o executivo municipal já "chutou" o problema da segurança para discussão, não nas Sessões de Câmara, mas sim, no Conselho Municipal de Segurança. Pois claro!
Num concelho desarrumado - completamente de pernas para o ar! - não surpreende que as escolas andem dispersas por variados locais e o parque desportivo municipal continue desligado das escolas, enquanto o Terminal Rodoviário - muito necessário às deslocações dos alunos - lá continue a um canto da cidade.
A Escola Dr. Solano de Abreu ainda pode alegar alguma proximidade ao Terminal Rodoviário e ao Parque Desportivo Municipal. Todavia, já tal não se entende com a D. Miguel de Almeida ( 3,2 MILHÕES de Euros na restauração).
E com a Escola Dr. Manuel Fernandes?
Ora aqui está outra aberração, só possível em Abrantes. O espaço que foi do Colégio La Salle continua tão isolado da cidade, como há 60 anos, quando foi concebido como escola de internato e semi-internato. Aquela Avenida General Humberto Delgado é um beco sem saída, que rodopia numa rotunda atabalhoada e cheia de carros dos papás a irem buscar os filhos à escola.
Quando o La Salle foi concebido não havia ainda a ideia do que poderia vir a ser toda aquela confusão com as movimentações dos carros dos pais dos alunos, à chegada e à partida. Hoje é imperdoável irem gastar lá tantos milhões. Mas por via das dúvidas, uma docente logo encaminhou as coisas com ardilosa oportunidade, para que não faltasse o borboletário...
E quando assim é, TUDO COMO DANTES...