Transcrito do blogue "Rexistir" pode ler-se esta prosa elucidativa do "estado a que chegámos":
- «Os sucessivos atrasos no início do funcionamento da fábrica de painéis fotovoltaicos da RPP Solar levou a Câmara de Abrantes a propor a caducidade da licença de construção atribuída à empresa, estabelecendo um prazo de 15 dias para apresentação de novas garantias.
A nova fábrica de painéis solares do empresário Alexandre Alves, que está a ser construída perto de Abrantes, num terreno com 82 hectares de área, anunciava a “agregação” de toda a cadeia de produção de energia solar, implicando um investimento global de “mais de mil milhões de euros e a criação de 1.900 postos de trabalho” até 2013.A deliberação de caducidade da licença atribuída ao empreendimento industrial, segundo a autarca, visa “pressionar” o promotor de modo a que este apresente no espaço de tempo referido uma “recalendarização” de todo o processo, “provas” de que o edifício fabril em construção “está livre de penhoras ou hipotecas” e “novas garantias” de que o empresário dispõe de condições económicas e financeiras para executar o projecto.»
Deste relato pode verificar-se que Bruxelas e Abrantes são cidades geminadas. Bruxelas também tem andado a adiar uma resolução sobre a contaminação dos países periféricos. Acabou por resignar-se ao descrédito total da CE.
Convirá anotar que esta cedência dos 160 mil milhões de "ajuda à Grécia" veio dar o mau sinal da fraqueza da CE. No curto prazo será Portugal, a Irlanda, e talvez a Itália e Espanha a "exigirem" novas cedências. O caminho ficou aberto por mais que se diga o contrário e se "jurem" regras de excepção, que não servirão a outros casos. JURAS...!
A caducidade da licença de construção não é coisa tão simples de invocar como o executivo parece fazer crer. Sob pena de incorrer em responsabilidades de indemanização por lucros cessantes e outros prejuízos causados...
Relembro que não se tratando de uma "renovação" porque quanto é dado perceber trata-se de propor uma "caducidade da licença". Logo a licença estará neste momento ainda em vigor, não é verdade?!
O que originará, um dia destes, um recurso do empresário no Tribunal Europeu a obrigar a CMA a pagar a "factura" da falência ocorrida. E com juros!!!
A CMA concedeu uma licença para um projecto de construção que visava gerar 1.900 postos de trabalho até 2013. Estamos só em Julho de 2011. E entretanto, o país saíu dos mercados financeiros. Tudo situações que só vêm em reforço do empresário.
A CMA, possivelmente, "deu" um mundo de facilidades a mais ao empresário em causa. Não acautelou a "calendarização da obra", como agora quer vir, tarde e a más horas exigir. Só que vem tarde de mais.
E lá diz o povo:
" QUEM DÁ E TIRA vai para o INFERNO...!"
