As freguesias rurais foram esvaziadas, um pouco por todo o país. Em Abrantes, as coisas não tinham que ser assim. Todavia, desde que o sistema do chamado "poder local" arregimentou presidentes de junta submissos e os fez "cumplíces ou complacentes" com os autarcas municipais, as coisas só podiam vir a correr mal. Muito mal mesmo.
Cada junta de freguesia submissa e dócil ao poder municipal que irrompia após uma eleição pouco democrática e séria, só podia dar numa prova triste para a terra. Era como se por entre a mediocridade dos fregueses todos anuissem em apontar mais um prego no caixão do futuro dessa freguesia.
Os medíocres controlavam o poder local. E, nas freguesias faziam-no a mando da mediocridade municipal, salvo rara e honrosas excepções.
Ninguém nunca sentiu necessidade - nesse dito e abençoado poder local - de promover reuniões alargadas nas freguesias, com os fregueses presentes e ausentes de suas terras para debaterem o futuro da terra.
Debater os assuntos da terra passou a ser tabu, que só estava ao alcance dos iluminados do partido. E com que cegueira o consentiam, estes nossos fregueses rurais, a toque de caixa dos amigos da junta.
Um fecho de escola ou o términus de uma qualquer prestação social ou médica era silenciada com um encolher de ombros. Ninguém chamou os fregueses e estes acreditaram, que não era nada com eles. Dava-lhes jeito!
Hoje estamos onde estamos. Quiseram assim!
Os medíocres controlavam o poder local. E, nas freguesias faziam-no a mando da mediocridade municipal, salvo rara e honrosas excepções.
Ninguém nunca sentiu necessidade - nesse dito e abençoado poder local - de promover reuniões alargadas nas freguesias, com os fregueses presentes e ausentes de suas terras para debaterem o futuro da terra.
Debater os assuntos da terra passou a ser tabu, que só estava ao alcance dos iluminados do partido. E com que cegueira o consentiam, estes nossos fregueses rurais, a toque de caixa dos amigos da junta.
Um fecho de escola ou o términus de uma qualquer prestação social ou médica era silenciada com um encolher de ombros. Ninguém chamou os fregueses e estes acreditaram, que não era nada com eles. Dava-lhes jeito!
Hoje estamos onde estamos. Quiseram assim!
Estranhamente, as freguesias começaram a ser um pretexto para se desmobilizarem vontades e se derrubarem as vozes dos verdadeiros fregueses amigos da terra. Não foi por acaso, que o dito "poder local" trocou as voltas aos mais bairristas em cada terra e os aniquilou, até ao ponto de se incutir na alma bairrista o total descrédito e desdém.
Ser bairrista era coisa horrorosa: um anátema!
Então, só restava encher as aldeias de festangadas, com festeiros a cultivarem a idiotice das tasquinhas "abrilhantadas" pelos artistas "pimba" dos cachets milionários. E tanta obra social que ficou por fazer, em terras que davam milhares de euros por duas horas de um artista "pimba" a cantar em "play-back"...!
Enquanto o artista berrava, ninguém mais podia falar ou fazer ouvir. Os problemas das terras avolumaram-se. E todos aceitaram atirá-los para trás das costas. Até agora. E agora é tarde e já ninguém se lembra mais de acudir às suas terras.
Como é que chegámos a isto?!
Um dia a história o dirá com toda a sua frieza e dura realidade...