A exigência feita tontamente aos proprietários das 5 freguesias do Norte para "limparem osmatos" é pura manobra de diversão.
E apontar como "negligência municipal" o facto da CMA ainda não ter multado a torto e a direito os fregueses ou quiçá, ainda não ter mandado uns tantos fregueses para a cadeia é de uma ingenuidade política atroz. Só mesmo de uma oposição cujo palmarés assenta em ter dado o monopólio do poder local aos socialistas desde o 25 de Abril.
Os 100 milhões de metros-quadrados de terras agro-florestais [ nas 5 freguesias do Norte] poderiam gerar 25 milhões de m3 de material lenhoso e matos que era preciso destruir. E destruir onde e por quem, se temos todas as encostas a vazarem para a albufeira?!
Alguém, muito antes dos 20 milhões do "mar de Abrantes" se esqueceu de dar formação florestal e ambiental nas escolas. Era suposto, os senhores professores terem pensado nisso, quando correram para os lugares autárquicos, para os quais ainda hoje não provaram aptidões. Quando metade dos professores/ autarcas chegaram há pouco tempo ao concelho. E entre tantas outras deficiências, também lhes escasseiam conhecimentos sobre a envolvência económica e cultural desse concelho. Tudo em prejuízo do futuro municipal.
Ninguém tratou da "formação cultural" da floresta e do olival. Esse é que foi o grande lapso desde Abril. E quanto ao estudo e prática ambiental resumidamente, só ficou a restrição absurda do PDM a exigir que os pequenos e muito fraccionados terrenos nos cascos históricos das aldeias só pudessem ter implantações construtivas em menos de um terço (os COS de 0.3) das suas, já de si, diminutas áreas. Porque, alguém pouco inteligente - só podia ser! - achava que nas aldeias o que mais importava era haver dois terços das áreas dos magros terrenos repletos de zonas verdes. Como se o verde fosse o que mais faltasse no mundo rural.
Só mesmo, de "caciques" com assento na Barão da Batalha!
Não deixaram construir as casa dos filhos e netos e hoje restam as velhas casas dos avós que entretanto morreram. As receitas dos "imis" e dos IMT foram um minguado desastre. O esvaziar das freguesias não podia acarretar piores consequencias.
Claro está, que nunca pensaram que esses matos e esses detritos lenhosos, uma vez feita a desmatação, só podiam ser arrastados para a albufeira do Castelo de Bode, para onde "desaguam" todos os vales e encostas do Norte de Abrantes?!
É que ninguém cuidou de organizar um "centro de transformação fabril" da chamada biomassa com os produtos lenhosos dessa desmatação. Essa teria sido outra das facetas da formação cultural de um concelho com mais de 500 km2 de floresta e agro-florestal. Ao invés, o que temos é improvisação e incompetência. Nada se fez para se assumirmos como concelho de potencialidades florestais.
Aliás, a forma como desprezaram o Posto de Bombeiros no Norte do concelho é bem a prova da fraca cultura ambiental.
Sublinhe-se que até o presidente da junta da maior freguesia urbana que na última década já viu o fogo descer perigosamente, do Norte do concelho até às primeiras casas da cidade por duas vezes [ 2003 e 2005] acabou por votar contra o Posto de Bombeiros no Norte do concelho. E não se pode dizer que lhe falte experiência de vida a esse autarca, decano dos presidentes de junta socialistas.
Uma irresponsabilidade grosseira!
Ninguém tratou da "formação cultural" da floresta e do olival. Esse é que foi o grande lapso desde Abril. E quanto ao estudo e prática ambiental resumidamente, só ficou a restrição absurda do PDM a exigir que os pequenos e muito fraccionados terrenos nos cascos históricos das aldeias só pudessem ter implantações construtivas em menos de um terço (os COS de 0.3) das suas, já de si, diminutas áreas. Porque, alguém pouco inteligente - só podia ser! - achava que nas aldeias o que mais importava era haver dois terços das áreas dos magros terrenos repletos de zonas verdes. Como se o verde fosse o que mais faltasse no mundo rural.
Só mesmo, de "caciques" com assento na Barão da Batalha!
Não deixaram construir as casa dos filhos e netos e hoje restam as velhas casas dos avós que entretanto morreram. As receitas dos "imis" e dos IMT foram um minguado desastre. O esvaziar das freguesias não podia acarretar piores consequencias.
Claro está, que nunca pensaram que esses matos e esses detritos lenhosos, uma vez feita a desmatação, só podiam ser arrastados para a albufeira do Castelo de Bode, para onde "desaguam" todos os vales e encostas do Norte de Abrantes?!
É que ninguém cuidou de organizar um "centro de transformação fabril" da chamada biomassa com os produtos lenhosos dessa desmatação. Essa teria sido outra das facetas da formação cultural de um concelho com mais de 500 km2 de floresta e agro-florestal. Ao invés, o que temos é improvisação e incompetência. Nada se fez para se assumirmos como concelho de potencialidades florestais.
Aliás, a forma como desprezaram o Posto de Bombeiros no Norte do concelho é bem a prova da fraca cultura ambiental.
Sublinhe-se que até o presidente da junta da maior freguesia urbana que na última década já viu o fogo descer perigosamente, do Norte do concelho até às primeiras casas da cidade por duas vezes [ 2003 e 2005] acabou por votar contra o Posto de Bombeiros no Norte do concelho. E não se pode dizer que lhe falte experiência de vida a esse autarca, decano dos presidentes de junta socialistas.
Uma irresponsabilidade grosseira!
NOTAS À MARGEM:
Partindo do princípio que uma camioneta de carga carregava 25 m3 e tomando o serviço durante um ano com 250 dias de trabalho seriam precisas quatro carradas diárias durante um ano inteiro , para remover esse mato e detritos lenhosos.
Dá que pensar nesses custos, não dá?!
Logo, a desmatação é um caso muito sério, que nunca poderia resumir-se a coimas atiradas para cima dos fregueses.

