Se o Engº Bioucas tivesse aceite este meu desafio feito por mim nos Paços de Concelho, no gabinete do engº Serafim, quando eu próprio era administrador - SEM ORDENADO!!! - da Cooperativa de Rega do Souto, a CIDAS ( que o livro da dita "história do Souto" escrito pelo invejoso M. Traquina, tudo omitiu...não fossem os directores da Palha de Abrantes negarem o trabalho editorial desse livro...) tudo poderia ter recomeçado ali.
A rota da água podia ter sido outra, desde o alto do Miradouro das Fontes (cota 300 m) ou do planalto do Souto, ( cota 270 m) sempre mais elevado do que a Cabeça Gorda (cota 246 m).
Atrás da rota da água vinha a aproximação da albufeira à cidade, via Vale da Cerejeira, e nunca nas voltas perdidas de Montalvo a afastarem toda a gente para Constância ou da rota do Sardoal, já de si, avessa à centralidade de Abrantes.
A resposta arrogante e desdenhosa do Engº Bioucas para com a minha proposta de 1975/76,contra a ideia de ir buscar água à albufeira argumentando de que a cidade tinha a água do Tejo veio a revelar-se bem pior do que um cubo do Carrilho no alto do Largo do Rossio, hoje Jardim da República.
Tanto assim, que foi o Dr. Humberto Lopes que logo em Janeiro de 1990 já apontava para a água do Castelo de Bode e não andava errado ao procurar lançar a captação do Colmeal nas Fontes, com o depósito que viria a ser feito já por Nelson no Miradouro das Fontes. Só que as vistas curtas de Nelson e de Pina da Costa, não permitiram que saísse daí a água para todo o concelho e quiçá para o Sardoal e Mação, e com isso, deixando a porta aberta para servir as Mouriscas e Alvega.
A História, já sem os adn dos "Candeias às avessas" do regime, um dia, daqui a 50 ou a 100 anos farão de sua justiça: a rota da água da Albufeira foi esquecida em 1951 pelos ilustres sábios do cabeço e com isso foi abandonada a rota do Paúl e Vale da Cerejeira, os 8 kms que afastaram a cidade dos 66 kms de margens da albufeira e mataram todas as aspirações turísticas que era forçoso alimentar e desenvolver.
Os 36 anos do Poder Local nada de novo trouxeram ao concelho. O definhamento é total e absoluto. Os jardins infantários vão fechando uns atrás dos outros. Nunca tal definhamento foi sinal de sustentabilidade ou de progresso. Não admira que a CMA tenha que contratar jornalistas e editar revistas para o marketing que ainda vai permitindo disfarçar a vacuidade municipal.
O último que apague as luzes...
