Foi com o Engª Bioucas que nasceram as novas freguesias de Fontes, Carvalhal, Concavada e Vale das Mós, hoje em dia um triste exemplo da falência do poder local.
Foi com o Engº Bioucas que nasceu a peregrna ideia de colocar o Terminal Rodoviário na ponta oeste da cidade.
Foi com o Engº Bioucas que se começou a desenhar o falhanço da renovação do Mercado Diário.
Deve-se ao Engº Bioucas ter atirado com a estrada de acesso ao Castelo de Bode para cima da Tupperware de Montalvo negando desse modo a estratégica atravessia de S. Lourenço, Paúl e Vale da Cerejeira encurtando essa distância consideravelmente, e permitindo com isso fazer renascer o turismo abrantino, com esse circuito verde de S. Lourenço às margens da albufeira, uma mina capaz de mobilizar milhares de visitantes nacionais e estrangeiros e fazer inscrever essa rota, no circuito do turismo religioso sediado em Fátima.
Não é mesmo um espanto, diante dessas potencialidades turísticas muito bem escondidas pelas elites abrantinas, ainda termos que receber como herança do Engº Bioucas a Central do Pego?
Claro está que os pretensos historiadores de " Candeias às avessas", com tiques dos "herdeiros dos franceses", não podiam fugir a esse "adn" ´congénito...
Deve-se ao Engº Bioucas o novo hospital, mas de forma pouco sustentável que acabou por acirrar as cobiças de Tomar e Torres Novas, que depressa "neutralizaram" o Hospital de Abrantes, pese a presença dos camaradas socialistas Nelson Baltazar e António Mór, o vice-presidente do Engº. Bioucas.
Deve-se ao Engº Bioucas a interminável captação de água no leito de cheia do Tejo, que bastantes nitratos canalizou para a rede pública, até que no virar do milénio tiveram que ir buscar água para Abrantes à albufeira do Castelo de Bode. Se tivesse existido um poder esclarecido em Abrantes, capaz de reconhecer as vantagens estratégicas da albufeira, já em 1951 o abastecimento à cidade tinha ficado resolvido, pelo menos preto no branco.
Só que isso podia passar por ter que contemplarem as freguesias do Norte do concelho com o dito abastecimento de água. Porém, tal postura não era consentânea com a fraca generosidade das elites do cabeço, para quem o que contava era o hotel, o La Salle e o teatro de S. Pedro e mais umas obras à roda da cidade. Nelson de Carvalho não andava muito longe do pulsar elitista da Abrantes dos anos 1950, quanto a obras faraónicas na cidade. A sustentabilidade de uns e do outro está bem evidente, nestes tempos de definhamento.
O Engº Bioucas andou a querer agradar a gregos e troianos. Acabou escorraçado por ambos.
