Como Soutense não podia pensar de outra maneira e como católico tenho que repudiar semelhante comportamento.
Leia-se esta passagem da sua biografia:
«No ano seguinte foi nomeado professor (e depois também desempenhou funções de prefeito, vice-reitor e reitor) no Seminário de Vilar, no Porto, onde seu tio, cónego, era reitor e a quem sucedeu no cargo.
Nomeado, em 1936, cónego capitular da Sé do Porto (com 30 anos, portanto), exerceu ainda, nesta cidade, as funções de assistente da Liga Católica Masculina e da Liga Universitária Católica (Secção de Engenharia).
Em 15 de Janeiro de 1948 foi eleito bispo titular de Rando e coadjutor, com futura sucessão, do bispo de Portalegre de então, D. Domingos Maria Frutuoso, a quem, por morte deste em 1949, sucedeu apesar de desempenhar já o governo efectivo da diocese desde a sua entrada. »
«Excelente conhecedor do latim, do grego, do francês e do inglês e dotado de grande cultura, interessou-se não só por questões históricas mas também por problemas de índole social. »(?!)
«No Porto, como já em Portalegre, promoveu a organização dos arquivos e a defesa do património artístico das igrejas.» (é nisso que está a índole social)
«Coincidindo com a campanha da candidatura presidencial de Humberto Delgado, em 1958, e, no exercício do magistério episcopal e em defesa da doutrina social da Igreja Católica, teve a coragem frontal de, numa carta dirigida a Salazar (então, chefe do Governo), tecer críticas contundentes relativas à situação político-social e religiosa do País, o que lhe veio a acarretar a viver exilado.» ( ele há cada coincidência... Santo Deus...!!!)
Então e com os soutenses em debandada e em plena depressão pela perda patrimonial, face à subida das águas da albufeira, nem uma palavra de apoio saíu da boca do Sr. Bispo...?!
Sempre havia olhado com desconfiança para o Sr. Bispo do Porto. Hoje, diante de certos factos sou levado a concluir o pior.