( Parte II)
O candidato do PSD vem desde 2009 fazendo depender todo o projecto do Museu e da exposição da Colecção Estrada e outras peças, da obrigatoriedade em realizar - e pagar a preço de ouro!!! - esse "estudo de viabilidade económica sobre o MIAA", que ninguém com experiência de vida pode acreditar cegamente em tal fantasia virtual.
Ora, o que os vereadores do PSD pretendem é apresentarem "números" e concluírem pelo risco ou inviabilidade do MIAA.
Não querem saber da colecção, o que à partida retira credibilidade e isenção aos seus propósitos prosélitos.
Sejamos sérios: quem é que pode aceitar que um espólio de 5 mil peças antigas e algumas inéditas na Península Ibérica, não obriga à passagem de muitos visitantes?
Imagine-se agora quantos?
Um autocarro de manhã e outro a seguir ao almoço, mais umas dezenas de carros particulares, de estudiosos e peritos nos 365 dias de um ano já constituem uns bons milhares. É só multiplicar 365 vezes 200 visitantes diários, e por baixo, já tínhamos 70 a 80 mil visitantes.
Isto, sem falar em 2 000 ou 3 000 escolas preparatórias e secundárias... Fora os 10 mil ou 20 mil alunos do próprio concelho e dos concelhos vizinhos, quanto mais não fosse, apenas falando do Médio Tejo.
Depois de tanta conversa sobre "estudos económicos" de que está à espera o vereador Belém Coelho, já que é economista. Apresente ao menos um esboço de "estudo económico".
Faça lá constar nesse estudo quantos pequenos almoços terão que ser servidos pelos cafés da cidade e quantas refeições obrigam, a passagem dessas 200 pessoas diariamente.
E já agora, quantas colheitas do Azeite Cabeço das Nogueiras e do néctar do Casal da Coelheira serão precisas para servir esse potencial de visitantes?
Quant a "palha de Abrantes" e quantas tijeladas mais...?!
E já agora, quantas colheitas do Azeite Cabeço das Nogueiras e do néctar do Casal da Coelheira serão precisas para servir esse potencial de visitantes?
Quant a "palha de Abrantes" e quantas tijeladas mais...?!
Já agora, digam lá quanto é que pode valer uma entrada: 2 euros ou dez euros?
Multipliquem por 100 mil visitantes e vejam a receita.
Se o problema era o custo do projecto de Carrilho da Graça, que os anteriores vereadores do PSD aprovaram, esse problema deixou aparentemente de existir. Obriguem o executivo PS a mostrar serviço e a colocar imediatamente essa colecção a render. Como sempre defendi, a antiga Estação Rodoviária dos Claras/ Rodoviária Nacional, já adquirida pela CMA em 2008, servia muito bem e poderia ser rapidamente adaptada para o efeito. O seu elevado pé-direito permitia para já, três pisos assentes em pavimento e estruturas metálicas.
Um dos cinco milhões de euros já adiantados pela presidente de câmara chegava perfeitamente.
Acontece que o que os vereadores querem é prejudicar a vida económica da cidade e do concelho. E querem ver longe de Abrantes essa valiosa colecção, com todas as más consequências definhanhoras daí decorrentes: exaurir de vez, a vida social e económica do Centro Histórico, de quem tanto se dizem amigos e seus defensores.
BASTA!