No blog Tramagal surgiu o protesto indignado de que a Câmara ia fechar a biblioteca na sede da junta. Hoje o presidente da Junta do Tramagal, Victor Hugo Cardoso na Rádio Tágide veio explicar a situação de uma forma muito correcta:
« Havendo uma outra biblioteca na Escola Octávio Duarte Ferreira, fazia todo o sentido transferir para o novo Centro Escolar a biblioteca até aqui a funcionar na sede da Junta, já que o número de leitores por dia era desde há muito, o de 1,8 pessoas por dia e com uma média de sete livros utilizados fora da biblioteca.»
Certos utilizadores do referido blog, que ficam abispinhados quando faço alguma observação às situações pouco claras na vivência do Tramagal deveriam ganhar vergonha na cara, ao virem para o blog insurgirem-se contra o encerramento de uma biblioteca, que afinal só tem tido uma frequência quase nula: 1,8 leitores por dia.
Está bom de ver a razão de tanto nervosismo desses blogueurs: temiam que eu descobrisse a verdadeira iliteracia e ignorância que campeia lá pela vila.
Felizmente, que o presidente da Junta teve a coragem de não fugir à verdade.
Paradoxal, que face à imagem acima reproduzida de uma sala medieval, da cidade berço, Guimarães, o "utilizador" do blog reconhecidamente um "progressista de esquerda" que me tem insultado amiudadas vezes, se dissesse maravilhado com a beleza desta sala, ao mesmo tempo que não deixou de afirmar que bom, bom, era ouvir o Zeca [Afonso].
Uma resposta daquelas faz ressaltar toda a incoerência de um "progressista de esquerda", que nem deu conta que os escravos que trabalharam na construção daquela sala, sem nada receberem, não voltaram lá mais a ter assento. E que naquela mesa se serviram faustosos repastos, com os gados subtraídos pelos senhores feudais ao povo medieval.
É muita iliteracia e ignorância juntas, para tamanho e suposto "esquerdismo militante", ainda que mal disfarçado com a cantiga do Zeca...
Que falta de profundidade ainda reside pela Vila. Oxalá que os 20 alunos do Crucifixo ao irem para o novo Centro Escolar possam "temperar" o isolamento cultural de certos soberbos "aborígenes" da vila.