«Imagine-se a conduzir o seu carro numa estrada plana e tendo pela frente uma
ladeira. Se não der mais acelerador ao carro, ele vai perdendo velocidade e, no
limite, pára. Foi isso que aconteceu ao avião,[ o Air France 447 em que morreram mais de 400 passageiros] (...) A certa altura, a velocidade caiu abaixo da velocidade mínima
necessária para manter o avião no ar, e o avião começou a perder altitude - uma
situação de emergência conhecida pelo nome de stalling.
Um avião moderno possui alarmes os mais variados, normalmentye sob a forma de campainhas ou buzinas, mas a situação de stalling é tão grave que, neste caso, o alarme é uma voz mecânica que se faz ouvir repetidamente no cockpit: “Stalling ... Stalling ... Stallling...”.
Só muito tardiamente, porém, o comandante, que tinha regressado ao cockpit e que se sentou atrás do co-piloto que tinha ocupado o seu assento, se apercebe que este, paralisado pela confusão e provavelmente pelo pânico, continua agarrado ao comando do avião a puxar-lhe o nariz para cima, exactamente o contrário daquilo que deveria ser feito. Ainda lhe dá a ordem para cessar de o fazer. Mas já não houve tempo para fazer mais nada.
Um avião moderno possui alarmes os mais variados, normalmentye sob a forma de campainhas ou buzinas, mas a situação de stalling é tão grave que, neste caso, o alarme é uma voz mecânica que se faz ouvir repetidamente no cockpit: “Stalling ... Stalling ... Stallling...”.
Só muito tardiamente, porém, o comandante, que tinha regressado ao cockpit e que se sentou atrás do co-piloto que tinha ocupado o seu assento, se apercebe que este, paralisado pela confusão e provavelmente pelo pânico, continua agarrado ao comando do avião a puxar-lhe o nariz para cima, exactamente o contrário daquilo que deveria ser feito. Ainda lhe dá a ordem para cessar de o fazer. Mas já não houve tempo para fazer mais nada.
(...)Os momentos finais do Air France
447 sugerem-me a economia portuguesa. Os alarmes a soar repetidamente e no
cockpit reina a confusão. Ninguém sabe o que fazer, ninguém está aos comandos
mais do que estava o comandante Marc Dubois naqueles minutos finais, e ninguém
faz nada. Olhando em frente pelo cockpit, na escuridão da noite, vêem-se
distintivamente as luzes do avião grego mais à frente e mais abaixo. Um dos
pilotos portugueses ainda observa: “O grego vai-se espetar no oceano...”, mas um
outro diz: ”Mas nós, não. Nós somos diferentes”, enquanto o avião continua a
perder altitude, sem que ninguém faça nada, e a seguir rigorosamente a mesma
trajectória do grego.» posted by Pedro Arroja in Portugal Contemporâneo
A ministra Assunção Cristas terá nascido pouco depois das invasões das grandes propriedades agrícolas [ a impropriamente dita Reforma Agrária de 1974/75, que na gíria popular ficou mais conhecida pela "reforma agarra"... ]ou daquelas que não sendo grandes propriedades em área, sempre tinham gado, fumeiro, azeite, fruta, trigo, vinho, madeira, cortiça e máquinas para fazer dinheiro e alguns objectos valiosos nas residências mobiladas com algum requinte e bom gosto.
[Passou ou ainda está a passar na TVI uma novela desses tempos e à falta de melhor temos o video da Herdade da Torre Bela, que é o momento mais hilariante e ao mesmo tempo desgraçado captado por um jornalista alemão, pois os nossos só sabiam assobiar as músicas do Zeca Afonso. A cena do cavador, em recusar dar a sua enxada para a cooperativa é lapidar...!]
Ora a actual ministra ouviu essa mesma história da Herdade da Torre Bela contada pelo Nuno Melo, num jantar de campanha em Setembro de 2009, precisamente, na Casa do Campino em Santarém, onde ambos estivemos em mesas próximas, quinze ou vinte dias antes das eleições autárquicas.
Curiosamente, alguns que agora "descobriram" o CDS-PP liberal e progressista,(?!) não estiveram lá, tal como se haviam recusado a estar no jantar de 3 de Junho na "Cascata" em Alferrarede. Como se recusaram sempre a estar presentes em encontros ligados ao CDS-PP, desde 2002 até 2010, tendo como presidentes concelhios nomes tão abrangentes como o Engº Jorge Gonçalves, o Arqº António C- Branco, o "progressista e otelista" Felizardo Guerra, o Tenente Burguete, o farmacêutico Joaquim Ribeiro e eu próprio, entre 2007 e 2010. É bom, a gente ir recordando a história e perceber como com quase quatro centenas de militantes num concelho, se deixam grandes clareiras de cadeiras vazias no auditório da Pirâmide, com lotação para 95 pessoas sentadas. Nem os 200 jovens valeram na ocasião...
Srª Ministra:
A seca e os incêndios que já começaram em grande força e as 3.000 mortes em 6 dias, que nem o Ministério da Saúde sabe explicar, não se combatem com slogans tão ao gosto da camarilha progressista, do vamos todos às "terras sem dono" e dar-lhe um novo dono!
Alexis de Tocqueville, em 1840 já advertia contra a obsessão da vanguarda do dito "movimento operário", em que, volta não volta, todos os pretextos lhe serviam para incitar o povo, à tomada da propriedade das terras.
A "Torre Bela" foi bela antes de ser ocupada, srª ministra. Ao menos devia saber isso, quanto mais não fosse da história do Direito Consuetudinário, que é do costume antigo.
Sem "dono", ao contrário do que faz supor na sua infeliz entrevista de ontem ao Público, estão 3.000 + 5.000 hectares de boas terras agrícolas, há muito nas mãos de Instituições Públicas, portanto do ESTADO!
Nem o tempo, nem as marés estão para reedições da "Maria da Fonte", srª ministra.