COMO NINGUÉM TEM A CORAGEM DE DIZER QUE O REI VAI NU, aqui vai o relatório que era preciso ser feito, contra a trafulhice dos fundamentalistas herdeiros do Maneta...
A foto comprova-o. Ali onde hoje temos o BES e o início da Rua do Montepio está lá um jumento, com um homem por perto. Um jumento naquele local e ao que parece "desprovido" de albarda ou sela, dá ideia de quanto os animais tinham lugar cativo naquele terreiro de localização privilegiada, e logo para bestas.
Mas a foto desmascara muito mais situações dos "fundamentalistas da defesa do dito património histórico abrantino".
DUAS REVELAÇÕES PRINCIPAIS:
1ª - Onde hoje ainda está o Mercado Diário - encerrado vai para dois anos pela ASAE - e o edifício do Centro Comercial S. João, não havia mais nada do que umas fiadas de oliveiras a descer a encosta da Fontinha.
2ª - Nas traseiras do velho edifício da Direcção Escolar percebe-se como se descia a pé por aquele descampado, para o que é hoje o Largo 1º de Maio, mas sem as altas e tão afamadas MURALHAS ditas ROMANAS; quer isso significar que a foto que dava o rasgo das muralhas para acesso pedonal pelo Largo 1º de Maio para o novo Mercado com fachada principal virada para a Rua Luís de Camões podem ser tudo menos a reprodução de muralhas romanas; o muro que em certa medida ainda susiste hoje é o que forma o degrau entre o pavimento do Largo 1º de Maio e a Avª 25 de Abril, na descida abaixo do Mercado Diário.
E se olharmos a outros pormenores podemos perceber a hipocrisia de muitos "fundamentalistas" que em nome de uma pseudo conservação da alegada "traça histórica", mais não fazem do que recorrer a embustes, apadrinhando as novas construções operadas nos últimos cem anos, segundo as suas conveniências muito próprias.
Mais: vemos a velha fonte do Vale da Fontinha entalada por uma rua estreita que a separava dos edifícios que sobem para o actual Largo do Chafariz. Os prédios que se erguem à esquerda da fonte não parecem ser os do actual Crédito Agrícola, pois o afastamento que têm da fonte impossibilitava a existência da actual Avª 25 de Abril, na largura que hoje a conhecemos. Isto numa observação rápida. Ali há novo alinhamento construtivo pela certa.
FINALMENTE: As ditas muralhas do Largo 1º de Maio, que as "carpideiras" dos "herdeiros dos franceses" tanto gostam de evocar, no fim de contas ainda são mais modernas do que os pilares da dita ponte dos Mourões, que o Capitão Salgueiro Maia ajudou a identificar como um cais militar com servidão civil, quando no Rossio se recolhia a palha para dar às bestas e se enviava o trigo para Lisboa.
As bestas sempre foram muito acarinhadas, não haja dúvida...