A directora da ABARCA sempre gosta de me recompensar com um ou outro texto no seu quinzenário. Traz sempre uns editoriais que detesto, pela falta de profundidade. Neste último número faz-se desinteressada em tudo o que a realidade nos consome e deleita-se a falar do Zeca Afonso. Eu gostava de ouvir o Zeca em 1972/73 quando passava todas as semanas em Grândola a caminho de Lagos, onde cumpri 18 dos 30 meses de serviço militar. No Canal Caveira cheirava o belo e genuíno cozido na tasca mais simbólica e ficava muita vezes por uma sandes de paio, por que a semana era comprida e o dinheiro não esticava assim tanto.
Depois do PREC de 75 as baladas do Zeca cheiravam-me a esturro: enojavam-me mesmo! Hoje, muita da nossa miséria e da nossa má preparação para enfrentarmos um mundo de globalização competitivo e duro deriva dessa nossa complacência perante as ilusórias letras e músicas cantadas pelo Zeca Afonso.
Valeu-lhe esta tirada recolhida da boca do dirigente local do CDS: " Sou um campónio!" - bravo, srª directora, se o Zeca Afonso fosse vivo teria feito disso uma balada...!
Valeu-lhe esta tirada recolhida da boca do dirigente local do CDS: " Sou um campónio!" - bravo, srª directora, se o Zeca Afonso fosse vivo teria feito disso uma balada...!
A nota da ABARCA no que respeita ao CDS, - passou tão ao lado da agenda local, que nem mereceu chamada à 1ª página da ABARCA, como se poderá ver, o que não acontecia na notas no tempo da direcção anterior, a tal que só tinha seis dezenas de militantes como é acusada, por quem ironicamente, nesses anos se recusou sempre a colaborar com o CDS e só se fez militante em 2010 e graças à aceitação da direcção anterior - tece várias afirmações que mostram uma intrigante série de contradições tidas como panóplia da dita "renovada" concelhia.
Se houve alguma coisa que a tradição mostrou do CDS em Abrantes foi a clareza e a verdade das suas posturas e das suas afirmações.
Segundo o que a nota da ABARCA escreve, faltarão " apenas cerca de 30 pessoas" para o CDS local poder concorrer às 19 freguesias. E que de " meia dúzia de dezenas de militantes já existirão agora cerca de 600 militantes". À Rádio Tágide, dia 17, o dirigente concelhio eleito por três votos em Abril de 2010, dizia que tinha um total de 370 militantes, 200 dos quais da Juventude Popular de Abrantes, instituição presidida por seu filho, que acabou de ser reeleito.
Entre centenas e centenas de militantes e de muitos candidatos autárquicos para as 19 freguesias, quando ainda não se sabe quantas freguesias iremos ter em Abrantes em 2013, ainda houve tempo para vermos o "gato escondido com o rabo de fora".
Com efeito, a nota da ABARCA finalizava dizendo que ao encontro que não encheu os 95 lugares do auditório da Pirâmide, terão comparecido algumas dezenas de militantes e simpatizantes.
Para os deslumbrados novos dirigentes que chegaram à concelhia com "meia dúzia de dezenas de militantes", não deixa de ser caricato, que a um encontro na Pirâmide não tenham conseguido encher a sala com os tais "novos 600 militantes" fora os simpatizantes, e se tenham contentado com algumas dezenas de militantes...
Para quem afirmava que só lhe faltavam "30 pessoas" para completar as listas às 19 freguesias, onde são precisos entre 210 a 230 pessoas, resta saber a razão de não terem comparecido mais de metade desses hipotéticos 200 candidatos às freguesias, já assegurados, mais uma boa parte desses 600 novos militantes. Será que o dirigente concelhio também acha que os abrantinos são tão ou mais campónios, quanto ele se acha, e como de resto, o próprio se auto classifica?!
Quem trava este dislate?!