4.517 - Num governo com a ministra da Agricultura do CDS e a Associação de Agricultores não paga aos operários?

  «Assunção Cristas sublinhou que "um dos grandes desafios da agricultura é o regadio", que o Governo quer desenvolver, e anunciou que "vão ser libertados 29 milhões de euros para projetos na área do regadio, em várias zonas do país, para que não fiquemos tão expostos à situação de seca".»

E não é que a  ministra promete 29 milhões para debelar o problema da seca, anunciando essa verba para projectos de regadio.

Então, os projectos de regadio é que resolvem a seca em todo o país e alimentam os gados, logo num ano destes, de tão grave seca?

O regadio ocupa uma área muito limitada do país. O resto do país vai dar de beber água ao gado e regar os pomares, aonde?

Abílio Pombinho

«A pertinência deste assunto cabe aqui por inteiro porquanto é urgente denunciar.
A história é muito simples: uma empresa da região, a Associação de Agricultores para os concelhos de Abrantes, Sardoal e Mação, com cerca de 20 trabalhadores, 15 dos quais são operários, têm dois meses e meio de salários em atraso! Estes 15 operários ganham o equivalente ao salário mínimo nacional, 485 euros.
As dificuldades de todos eles são muito grandes, havendo nalguns casos situações de algum dramatismo e complicações nas famílias. Nenhum trabalhador é sindicalizado. Esta semana houve da parte de dois deles algumas movimentações junto do Ministério do Trabalho e também na comunicação social local, regional e até nacional.
Hoje, sexta-feira, os responsáveis da empresa procederam à liquidação de 100 euros por conta e por trabalhador, excepto a dois (os tais que se movimentaram) a quem deram 80 euros como castigo pela acção que protagonizaram em especial por terem prestado declarações a órgãos da comunicação social!
Para que conste aqui fica a denúncia de um caso para além de dramático é também hilariante da parte de administradores que são tudo menos responsáveis, e para mais quando o trabalho nunca faltou!
Lamentável!» 

O relato de Abílio Pombinho na sua página do Facebook é deveras oportuno e preocupante.

Ao mesmo tempo que cerca de 45 bombeiros voluntários ( 2/3 de um Corpo Activo de 70 elementos) custavam 185 mil euros por ano, à Câmara Municipal de Abrantes - o que dá pouco mais de 330 € por mês em remunerações ( 2 euros por hora era a remuneração, que a inspecção do IGAL, depois de denúncias de irregularidades, veio declarar ilegal) - ficámos a saber que também os sapadores florestais nem ordenado já recebem há dois meses. E os dois que protestaram foram penalizados. 

Não há dúvida que as questões florestais e agrícolas, por Abrantes, como muitas outras actuações, se tornou mesmo uma coisa de campónios...