Aqui estão o PS e o PSD juntos. Mesmo que o presidente de junta eleito pelo PSD não seja um militante, - tal como o vereador substituto, também não o é - o facto é que ambos têm tido um percurso muito próximo ao PSD, pois foram eleitos por esse mesmo partido em 2001. E desde 2001, - por muito que se diga independente, como é o caso do vereador substituto - que esses dois autarcas de Rio de Moinhos têm permanecido ligados às listas do PSD e a muitas das suas reuniões concelhias.
Quando ontem aqui sublinhava o dever dos vereadores do PSD se pronunciarem sobre as ditas obras do Cais de Rio de Moinhos, só pretendia que os mesmos mostrassem até que ponto é que a política local do PSD é mesmo diferente da política municipal do PS. Convenhamos, que o silêncio dos vereadores da oposição nesta matéria não abonou mesmo nada a favor da demarcação clara e inequívoca de cada um desses partidos.
Ao invés, o que ficou mais em evidência foi o conluio, não só pelo silêncio registado, desde há longos meses, sobre aquele espantalho no Cais, como o facto da descarada cumplicidade que a foto documenta, e que assinalei logo no começo deste texto.
Mais: se aquela dupla presença já foi em si, um sinal desprestigiante da cumplicidade entre PS e PSD, não deixa de ser mais censurável ainda, a dupla ausência dos vereadores do PSD, escudando-se num silêncio de manifesta cobardia política, para melhor fugirem às suas responsabilidades para com os seus próprios eleitores de Rio de Moinhos.
Claro está, que este exemplo não vem só. Ainda hoje, no seu blog Rexistir, os vereadores do PSD vêm usar de nova artimanha política "chutando para canto", sobre a questão gravosa da tolerância de ponto dos funcionários municipais, no dia do seu próprio aniversário, instituída pela actual presidente, segundo o mais disparatado e desequilibrado propósito populista de que há memória.
Paradoxalmente, só agora, - ao fim de dois anos e meio! - é que os vereadores do PSD se dão ao "incómodo" de formular uma pergunta, que só os faz parecer mais alheados da vida municipal, do que efectivamente possam ter estado. Com efeito, os vereadores com um mínimo de perspicácia e de zelo, bem poderiam ser mais frontais e em vez de perguntarem quantos funcionários já usaram dessa prerrogativa de faltarem no dia do seu aniversário, o que deviam ter começado por dizer era outra coisa bem diferente:
- Temos em nosso poder informações que dão conta de dezenas ou de centenas de faltas de serviço praticadas pelos funcionários nos dias dos seus aniversários.
Ora a pergunta dos vereadores do PSD, só mostra quanto a dita oposição tem andado a dormir na forma. E não satisfeitos com isso, ainda se permitem "marcar passo" com a pergunta mais campónia que podiam formular, que passo a citar:
-« Só mesmo na nossa Abrantes
socialista.
Os vereadores eleitos pelo
PSD desconhecem se algum funcionário caiu na ratoeira de fazer uso de presente
tão envenenado até porque é facto notório que, na maior parte das autarquias, os
funcionários são bem mais sensatos do que quem os governa.
Face
ao exposto, os vereadores eleitos pelo PSD gostariam de saber se, na Câmara de
Abrantes, os funcionários ainda continuam a gozar da prerrogativa, concedida
pela senhora presidente, de tolerância de ponto no dia do seu
aniversário?»
Esta pergunta tíbia, só mostra como a oposição do PSD não tem servido para nada em Abrantes. Nunca mais passa de oposição do "toca e foge"...!!!