A comunicação do presidente da Assembleia de Militantes da Concelhia CDS é ultrajante e sarcástica para os munícipes abrantinos. No limite, a pretexto das recentes alterações preconizadas pelo governo PSD/CDS quanto às valências do Tribunal de Abrantes, a preocupação desse texto, ainda por cima muito mal escrito, apenas pretende elevar a classe profissional dos advogados acima dos cidadãos que despreza e classifica de "inertes".
A haver algum conteúdo nesse texto, tudo não passa de paradigmas mentais, na abordagem das alterações propostas.
Começou mal o texto, como se pode verificar por estes termos excessivamente bajuladores e corporativos, "Foi-me facultado
pela minha Ilustre Colega Dr.ª Ana Paula Milho, o sucinto estudo que apresento sob autorização da mesma e, por
tal facto, o subscrevo integralmente no
seu teor".
O novo dirigente do CDS utilizou o blog da "Concelhia do CDS de Abrantes" - embora assine como advogado - para expressar uma vénia à colega, jurista ligada ao PS local, chamando " sucinto estudo", ao que não passou de um simples resumo das novas disposições definidas pelo governo.
E prosseguiu, "Em
fim de citação desta, admita-se-me, em autoria própria, os seguintes
comentários:
Há
muito que Abrantes é uma Sede de Circulo com competências em todas as áreas
de direito, cabais ás necessidades
reais. (...)
Ora o
Palácio da Justiça tem capacidade física para tal bem como meios.
Todos
sabemos que o rés-do-chão do mesmo está totalmente vazio e inaproveitado desde a
saída do Cartório Notarial e Conservatória
do Registo Civil, Predial e Comercial, tendo inclusivamente já uma sala de audiências moderníssima a
funcionar com todos os meios
cabais: informáticos, videoconferência e o
demais."
Para além dos "cabais" e dos acentos trocados, ressalta a mais grave omissão dos distintos juristas locais, porque desde a privatização do Cartório Notarial em Maio de 2005 à transferência dos serviços das Conservatórias, que teriam ocorrido segundo creio por essa altura, nem a "Ilustre Colega", nem o autor do restante texto alguma vez propuseram uma discussão pública quanto à utilização daquele espaço deixado vago. O "Povo de Abrantes" nessa altura não era chamado para nada.
Mais: nessa altura sim, é que era caso para se dizer " O
Povo de Abrantes está a ser vítima de uma politica não correcta nas suas
premissas, números e
condições."
Nessa altura, os "Ilustres Colegas" [ advogados] conviveram bem no benefício do facto que o autor agora constata, nesta passagem falaciosa, "Como sempre o povo Abrantino encara estas agruras com olhar doce ou alvo por mera inépcia de entender o que está a deixar passar...acordando sempre tarde...sempre."
E logo de seguida rematou com esta preciosidade auto-elogiosa, "Tal
não será o caso dos Advogados."
Temos agora no CDS uma "casta superior" , à semelhança do que vinha sendo a disputa do PSD com o PS locais, quanto aos professores.
Temos agora no CDS uma "casta superior" , à semelhança do que vinha sendo a disputa do PSD com o PS locais, quanto aos professores.
E vai de concluir com uma tirada ao estilo do Bastonário Marinho Pinto, sem nunca ter percebido que aquela página não era da "Ordem dos Advogados", mas sim da Concelhia do CDS, de que o mesmo é o recém eleito presidente da Assembleia de Militantes, ao dizer isto, "Se os Juízes aplicam a Justiça em nome do Povo, o Povo vira-lhes as costas não se
solidarizando com a perda de Órgãos de Soberania na sua terra.
Os
Advogados devem defender os Direitos, Liberdades e Garantias do Povo,
embora o povo também não se solidarize com
estes.
Assim e sem mais
delongas ou comentários: cada inerte tem o que merece…............ou refila.
António Velez
Advogado"
ESTAMOS CONVERSADOS!
"Inertes" à parte, diria, Porreiro Pá...!!!