O Tozé parece o vendedor da banha da cobra. Ainda há três dizia não estar em condições de prometer melhorias. Agora, distorcendo a realidade e tentando iludir o grande sentido de oportunidade da proposta do ministro Victor Gaspar, quer meter-nos pelos olhos dentro de que ele é que estava certo.
Não sabe mesmo nada da arte de negociar e muito menos, entende o significado do custo de oportunidade. Se soubesse estava calado.
Esta proposta de Victor aspar foi feita no momento certo. Não há volta a dar-lhe. Dias depois dos mercados terem respondido com meiguice, à compra de dívida portuguesa, com o relatório do FMI a criar tanta agitação interna e diante da ameaça do despacho negativo do Tribunal Constitucional, o governo dispunha de uma brecha que aproveitou e bem.
Era agora, com o seu firme propósito de avançar para os cortes ainda a aguentar-se no meio da tempestade interna, que havia espaço negocial para esta proposta de alargamento dos prazos de pagamento da dívida. A haver uma folga nas amortizações, isso fará sobrar liquidez para outras ajudas à economia.
O Tozé devia calar a boca. Nada do que está a criticar ao governo merece credibilidade. Antes do governo, o que existiu foi o descalabro de Sócrates. Era disto que o Tozé devia penitenciar-se.