O que é que terá corrido assim tão mal em Abrantes, para no interior de uma sala de hotel se terem juntado apenas, cerca de 50 pessoas, para apresentação de uma candidatura à governação de um concelho, com 37 mil eleitores inscritos?
Acresce, este pormenor revelador do fantasioso evento, quando metade dos presentes eram pessoas estranhas à vida desse concelho. Uma peculiar presença que só encontra explicação, à luz dos laços de solidariedade e de dever institucional, tão conhecida e muito praticada, com solenidade, entre o dirigismo distrital do partido em causa, nos momentos do "beija-mão". Se bem que numa direcção distrital com quarenta e tal membros, num distrito com 21 concelhias e onde a direcção concelhia anfitriã tem quinze membros directivos, se justificasse um número de presenças bem mais encorpado,do que a metade de cinquenta.
Não será desta maneira, que o distrito irá ganhar outro protagonismo ou alcançar o tão apregoado destaque no mapa nacional, como alguém fez crer por aí.
Não será desta maneira, que o distrito irá ganhar outro protagonismo ou alcançar o tão apregoado destaque no mapa nacional, como alguém fez crer por aí.
Aterrador o que é dado ver e ouvir em dois ou três videos, que mostraram imenso, da vacuidade desse evento.
Colocando de parte a observação ao discurso de circunstância de um ministro apanhado de surpresa, naquele evento, tivemos ensejo de ver num primeiro video, o candidato à câmara, sisudo e de voz embargada, logo no início do discurso de duas páginas, a pedir uma grande salva de palmas para a juventude partidária, por sinal bem numerosa na sala. Um recurso usado e estafado, de quem quer apoio fácil.
No discurso desse primeiro video o candidato denunciou o PDM, como muito restritivo e estrangulador da fixação de população nas suas freguesias rurais. Ficou por saber se o candidato sabe mais pormenores sobre esse PDM ou se sabe quais são as freguesias rurais do concelho.
Quanto à crítica ao PDM, há que estranhar por só agora ousar criticar esse regulamento que data de 1995. É bom não esquecer, este pormenor, decorridos 18 anos sobre a vigência desse PDM. E terminou o fraco discurso com alusões a mais dois dados estatísticos recorrentes, comum a tantos concelhos do interior do país, a saber: a perda contínua de habitantes e o número crescente de desempregados.
Digamos que para um professor há 25 anos a leccionar no concelho, o conhecimento desses números não revela nada de transcendente.
PIOR, se tivermos em conta que foram executivos municipais quase exclusivamente compostos na sua totalidade dos seus membros, por professores vindos das escolas onde o agora candidato leccionou, que estiveram nos últimos 20 anos à frente da vereação da câmara, bem podemos ficar todos bastante mais apreensivos com a situação.
No discurso desse primeiro video o candidato denunciou o PDM, como muito restritivo e estrangulador da fixação de população nas suas freguesias rurais. Ficou por saber se o candidato sabe mais pormenores sobre esse PDM ou se sabe quais são as freguesias rurais do concelho.
Quanto à crítica ao PDM, há que estranhar por só agora ousar criticar esse regulamento que data de 1995. É bom não esquecer, este pormenor, decorridos 18 anos sobre a vigência desse PDM. E terminou o fraco discurso com alusões a mais dois dados estatísticos recorrentes, comum a tantos concelhos do interior do país, a saber: a perda contínua de habitantes e o número crescente de desempregados.
Digamos que para um professor há 25 anos a leccionar no concelho, o conhecimento desses números não revela nada de transcendente.
PIOR, se tivermos em conta que foram executivos municipais quase exclusivamente compostos na sua totalidade dos seus membros, por professores vindos das escolas onde o agora candidato leccionou, que estiveram nos últimos 20 anos à frente da vereação da câmara, bem podemos ficar todos bastante mais apreensivos com a situação.
Um segundo video mostrava o candidato sentado numa poltrona do hotel, a não conseguir explicar, em 1 minuto e 37 segundos, o que estava ali a fazer e o que Abrantes ganhava com ele em candidato.
Um terceiro video mostrava um grupo de oito ou nove jovens da jota concelhia, com o candidato já fora da visão da câmara - um sinal revelador do apagamento do candidato - onde o presidente concelhio da jota local, por coincidência, filho do presidente da concelhia senior do partido e que ao mesmo tempo é o dirigente da distrital do mesmo partido, a anunciar que o irmão mais velho iria candidatar-se à presidência da juventude distrital.
TUDO EM FAMÍLiA...!!!
Situação deveras caricata. Estou certo, que Santarém não deixará com isto, de ficar bem assinalada no mapa. E quanto ao bom nome de Abrantes, nem vale a pena falar...
Das cerca de 50 pessoas lá presentes, 25 eram de fora do concelho, oito ou nove eram da direcção da Juventude Popular - que"arrisca" como dizia o filho do papá presidente da distrital - restando umas 15, sendo certo que nem metade dos 15 membros da direcção concelhia estiveram presentes.
Será caso para perguntar:
a) Onde param os 300 e muitos novos miltantes?
b) Onde ficaram os 126 votantes que deram a vitória à actual direcção concelhia e distrital, nas últimas eleições, em Maio de 2012?
c) Finalmente, foi uma primeira escolha - e de quem ou de quantos? - e por que razão o nome do candidato só foi conhecido com escassos dias de antecedência do jantar da sua apresentação, situação estranha, quando sempre foi tradição no partido, juntar no dia da apresentação e diante do presidente nacional do partido, outros nomes componentes das listas municipais, câmara e assembleia municipal ?
Para quem entrou para o CDS em 1975, como eu, que foi Delegado aos 2º e 3º Congressos Nacionais de 1976,em Lisboa e de 1978, no Porto e participou no Congresso das Autarquias AD de 1980, no Estoril;
Para quem mais recentemente esteve no Congresso de 2006 na Batalha, Leiria, no Congresso de 2008 em Torres Novas e no de 2009 nas Caldas, que foi candidato à Câmara de Abrantes pelo CDS em 2005 e 2009, e presidiu à concelhia de Abrantes entre 2007 e 2010, tendo recebido o presidente Ribeiro e Castro em 2005 em Abrantes, e o Dr. Paulo Portas, em 2007, 2008 e 2009 por quatro vezes em visitas a Abrantes;
Para quem mais recentemente esteve no Congresso de 2006 na Batalha, Leiria, no Congresso de 2008 em Torres Novas e no de 2009 nas Caldas, que foi candidato à Câmara de Abrantes pelo CDS em 2005 e 2009, e presidiu à concelhia de Abrantes entre 2007 e 2010, tendo recebido o presidente Ribeiro e Castro em 2005 em Abrantes, e o Dr. Paulo Portas, em 2007, 2008 e 2009 por quatro vezes em visitas a Abrantes;
Para quem foi vogal da direcção presidida pelo Dr. Manuel Macedo ( Mesquitela) em 1982, ao lado de ilustres abrantinos, como Ernesto Estrada, José Dias Mariano, Seixas Carlos, Fernando Simão, Isidro Estrela, Capitão Trovão, Fernando Taborda, Délio Madaíl e tantos outros, não pode de deixar de se interrogar:
- O que é que terá corrido assim tão mal por Abrantes?